Imagem: Amanda Cass
Os nomes são endereços, incompletos.
Sobrenomes são perplexos ancestrais
Que sem sinais, fizeram um caminho
Entre destinos, repletos azuis e corais.
Até nomear a luz no negro, estrela.
Também quando vi teu nome, meu lar
Sabia encontrar o que era, tudo.
Tantas palavras para se criar,
indizível é o teu olhar, meu rumo.
Teu dentro em mim, rascunho.
Fora de mim, deserto.
Território desalinhado.
Anti – final exato.
Peito de vidro, estilhaço.
Múltiplas falas e abraços.
Gravo, muito antes do corte.
As constelações são infinitas, milenares.
O brilho é nosso, ainda.
Cáh Morandi & Priscila Rôde