Fico tão presa em meus pensamentos
Que às vezes me pareço com a mobília dessa sala
Termino o ultimo gole de café amargo
E afundo-me mais um pouco nessa poltrona.
Tudo em ordem, cada papel em seu lugar
Meu sapato de salto alto é o único atirado perto da mesa
Releio todos os nomes dos livros que estão na estante
E me prendo a cada detalhe do quadro pendurado na parede
Eu cruzo minhas pernas, ajeito meus óculos,
Mas uma vez a cortina me impede de ver o movimento lá fora
Eu teria uma vida de paz e descanso em dias como esses
Até ficaria alegre de chegar cansada depois do trabalho,
Mas em tudo que tenho feito, cada lugar que tenho ido,
Ou mesmo nesse cômodo agora, há um espaço para tua ausência
Eu já devia ter me acostumado com o quarto organizado
E saber que ninguém vai reclamar se eu ficar horas na janela.
Não sei se eu escrevo para não aparecer na porta de tua nova casa,
Ou para contar quantas vezes no dia eu morro de saudades.
( Cáh Morandi )
Que às vezes me pareço com a mobília dessa sala
Termino o ultimo gole de café amargo
E afundo-me mais um pouco nessa poltrona.
Tudo em ordem, cada papel em seu lugar
Meu sapato de salto alto é o único atirado perto da mesa
Releio todos os nomes dos livros que estão na estante
E me prendo a cada detalhe do quadro pendurado na parede
Eu cruzo minhas pernas, ajeito meus óculos,
Mas uma vez a cortina me impede de ver o movimento lá fora
Eu teria uma vida de paz e descanso em dias como esses
Até ficaria alegre de chegar cansada depois do trabalho,
Mas em tudo que tenho feito, cada lugar que tenho ido,
Ou mesmo nesse cômodo agora, há um espaço para tua ausência
Eu já devia ter me acostumado com o quarto organizado
E saber que ninguém vai reclamar se eu ficar horas na janela.
Não sei se eu escrevo para não aparecer na porta de tua nova casa,
Ou para contar quantas vezes no dia eu morro de saudades.
( Cáh Morandi )