na mente fantasia.
"aqui."
outubro 21, 2011
outubro 10, 2011
September, 12
Cai uma chuva gelada por trás da vidraça. Os dedos dos pés impacientes dentro da meia de lã, as mãos se aquecendo com a xícara de café, os lábios sendo mordiscados com os dentes, um pijama velho, um moletom jogado em cima, os cabelos bem amarrados, os olhos pequenos e perdidos acompanhando o desenho que água faz no vidro da janela.Não me importo em estar assim despojada, só quero me sentir o máximo bem que puder, embora seja improvável isso acontecer em uma noite de sexta, quando o fim de semana chega e você não tem ninguém. Ninguém que vá te abraçar enquanto a chuva cai lá fora. Ninguém que vá acalmar a tempestade que acontece dentro de você. Ninguém que vá te dar a mão quando você tem tanto receio de estar sozinha. Ninguém que ficaria ali, de graça, deitado ao teu lado escutando os trovões. Por um instante você pensa que isso é tão triste, que isso pode ser tão miserável e o amor parece ser uma esmola que você pede em troca de um sorriso, por mais falso que isso pareça. Frágil, o barulho da chuva viola o silêncio do pensamento, da lembrança, da doce ignorância em planejar o futuro. Você tem medo, porque você vê que tem tanta lágrima por dentro, escondida, calada, tímida e um dia chuvoso e frio é tão pouco comparado a tudo que você esconde atrás de um rosto discretamente limpo e doce.
Cáh Morandi
setembro 06, 2011
sobre esperas
não vejo mais o tempo, não o subestimo,
quando o denomino de futuro
embora mal posso esperar para desvendar
o que já esteve me esperando por milênios
ficar quase sem o ar, e quase morrer, desesperar
ver teu rosto, teus traços se formarem
entre as digitais dos meus dedos que tremem
ver você realizar, ver você ser,
ver você me olhar
de alguma forma a gente soube
(ou saberá)
que o tempo da espera
é o caminho de se encontrar
Cáh Morandi
agosto 23, 2011
todos os dias
Para: O dono de um lírio.
Penso em você todos os dias
às vezes mais, às vezes menos
algumas vezes nos pensamentos antes de adormecer
outras nas correrias do dia-a-dia
mas só para você saber, sempre penso
talvez mais do que eu tenho suportado
pois a ferida começa a arder, sufocar
não sei o que fazer com os beijos,
não sei o que fazer com os planos,
não sei o que fazer com as fotos,
não sei o que fazer com as poesias,
sopra um vento frio, queria que você viesse
queria mais um minuto nos seus olhos
queria te fitar de novo até adormecer
queria acordar mais uma vez no seu abraço
e fazer caretas com o guardanapo...
as coisas tolas são as que mais ficam,
o importante sempre é passageiro,
mas a gente nunca nota, não é?
Embora você tenha ido, arranjou um jeito de ficar.
P.S: Eu amo você, pequeno. Sou um lírio de agosto.
às vezes mais, às vezes menos
algumas vezes nos pensamentos antes de adormecer
outras nas correrias do dia-a-dia
mas só para você saber, sempre penso
talvez mais do que eu tenho suportado
pois a ferida começa a arder, sufocar
não sei o que fazer com os beijos,
não sei o que fazer com os planos,
não sei o que fazer com as fotos,
não sei o que fazer com as poesias,
sopra um vento frio, queria que você viesse
queria mais um minuto nos seus olhos
queria te fitar de novo até adormecer
queria acordar mais uma vez no seu abraço
e fazer caretas com o guardanapo...
as coisas tolas são as que mais ficam,
o importante sempre é passageiro,
mas a gente nunca nota, não é?
Embora você tenha ido, arranjou um jeito de ficar.
P.S: Eu amo você, pequeno. Sou um lírio de agosto.
agosto 16, 2011
não é?
agosto 15, 2011
agosto 13, 2011
agosto 12, 2011
divulgando...
que tem um movimento bem legal que vai rolar por aqui:
Com:
Cáh Morandi
Davi Drummond - http://foiporquerer.blogspot.com
Lalo Oliveira - http://poeses.blogspot.com
Priscila Rôde - http://www.priscilarode.com
Simbora???
agosto 11, 2011
agosto 10, 2011
um som para não esquecer
Eu poderia ter gritado mais alto, mas nem sempre o desespero exige a palavra ou o tom grave que agride os sonhos que dão adeus. As malas cheias de roupas e decepções. Por que nenhuma salvação a tempo? Por que nenhum gesto voluntário de desculpa? Aí se foram as canções que Chico nos cantava pela manhã, aí se foram os sons dos nossos movimentos pela casa, aí se foram as melodias que o vento criava em nossa janela, aí o bipe da campainha começou a desafinar, aí tudo que tinha sintonia e harmonia já não mais existia. E na despedida se conhece um novo som, de significado e que ecoa: as portas batendo em tom de nunca mais.
Cáh Morandi
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