dezembro 02, 2008
novembro 28, 2008
aviso de chegada
Tenho vindo de longe
ao teu encontro
atravessei continentes
e terras que não tem nomes
comi um pouco de fome
tornei-me estrangeira
de mim mesma
ao teu encontro
atravessei continentes
e terras que não tem nomes
comi um pouco de fome
tornei-me estrangeira
de mim mesma
Espera
estou quase no fim do caminho
me reserve para a chegada
um pouco dessa tua doçura
para que quando eu te beijar
o gosto amargo da distância
se dissolva como se nunca
tivesse existido
(Cáh Morandi)
novembro 27, 2008
novembro 23, 2008
with closed eyes
para as coisas que existem
sem remédio, sem solução
que te tragam tédio,
desespero, frustação
há outras mil coisas
que são bonitas
que são doces
que são felizes
e se você não achar
nada de bom ou de maior
você cria alguma coisa
qualquer coisa boa que não existe
e se você botar fé nisso
essa coisa vai começar a existir
mesmo que ninguém veja
mesmo que só você acredite
sem remédio, sem solução
que te tragam tédio,
desespero, frustação
há outras mil coisas
que são bonitas
que são doces
que são felizes
e se você não achar
nada de bom ou de maior
você cria alguma coisa
qualquer coisa boa que não existe
e se você botar fé nisso
essa coisa vai começar a existir
mesmo que ninguém veja
mesmo que só você acredite
(Cáh Morandi)
novembro 22, 2008
um presente aos leitores
Amor de índio
Letra de Beto Guedes e Ronaldo Bastos
"No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar
E andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir teu calor
E ser tudo
Sim, todo amor é sagrado"
Letra de Beto Guedes e Ronaldo Bastos
"No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar
E andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir teu calor
E ser tudo
Sim, todo amor é sagrado"
novembro 18, 2008
a little luck
Sonhei que ele me amava
e que chegava invadindo as portas
de casa; sonhei ou delirava:
ele me amou pela sala, até amar
a minha alma; sonhei e desejava:
entramos tão dentro um do outro
até que eu engravidasse de um filho,
de uma luz e clarão tão fortes
que deram cortes na noite:
abortamos o dia, quem diria,
que tivéssemos tanta sorte.
(Cáh Morandi)
novembro 15, 2008
faces
não estou no espelho,
não sei o que vejo:
é uma espécie de bicho
maquiado e vaidoso
é horroroso
e se parece obscuro;
é uma espécie de flor
florescendo e abrindo
é lindo
e se parece pintura;
é uma espécie desconhecida
calma e abusiva
é erosiva
e se parece loucura.
(Cáh Morandi)
não sei o que vejo:
é uma espécie de bicho
maquiado e vaidoso
é horroroso
e se parece obscuro;
é uma espécie de flor
florescendo e abrindo
é lindo
e se parece pintura;
é uma espécie desconhecida
calma e abusiva
é erosiva
e se parece loucura.
(Cáh Morandi)
novembro 09, 2008
Que me leve
Mas era isso, e ninguém sabia
Que eu te queria, eu tinha um silêncio
Mas era isso, e era uma vida
Que eu te daria por um pensamento
Mas era risco, e alguém havia
Que eu te cabia, eu tinha um corte
Mas era risco, e era uma via
Que eu te percorria por uma sorte
Me fez uma pequena maravilha
Me ilumina, eu viro estrela matutina
Que ainda de dia não pára de brilhar
Me fez uma grande ventania
Me fascina, eu reviro madrugada
Que ainda calada não para de vibrar
Que eu te queria, eu tinha um silêncio
Mas era isso, e era uma vida
Que eu te daria por um pensamento
Mas era risco, e alguém havia
Que eu te cabia, eu tinha um corte
Mas era risco, e era uma via
Que eu te percorria por uma sorte
Me fez uma pequena maravilha
Me ilumina, eu viro estrela matutina
Que ainda de dia não pára de brilhar
Me fez uma grande ventania
Me fascina, eu reviro madrugada
Que ainda calada não para de vibrar
(Cris de Souza e Cáh Morandi)
novembro 07, 2008
Furacões e Suspiros
Você que me pega pelos braços
me jogando no meio de uma tempestade
afundando um olhar tão castanho
me toca, acorda os vulcões adormecidos:
eu que adoro me queimar no fogo
me gira, desperta em mim um furacão:
eu que não sei lidar com os ventos,
que perco o ar enquanto te admiro,
eu que já me contento em soltar
no teu pescoço um suspiro
me jogando no meio de uma tempestade
afundando um olhar tão castanho
me toca, acorda os vulcões adormecidos:
eu que adoro me queimar no fogo
me gira, desperta em mim um furacão:
eu que não sei lidar com os ventos,
que perco o ar enquanto te admiro,
eu que já me contento em soltar
no teu pescoço um suspiro
(Cáh Morandi)
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