novembro 27, 2008
novembro 23, 2008
with closed eyes
para as coisas que existem
sem remédio, sem solução
que te tragam tédio,
desespero, frustação
há outras mil coisas
que são bonitas
que são doces
que são felizes
e se você não achar
nada de bom ou de maior
você cria alguma coisa
qualquer coisa boa que não existe
e se você botar fé nisso
essa coisa vai começar a existir
mesmo que ninguém veja
mesmo que só você acredite
sem remédio, sem solução
que te tragam tédio,
desespero, frustação
há outras mil coisas
que são bonitas
que são doces
que são felizes
e se você não achar
nada de bom ou de maior
você cria alguma coisa
qualquer coisa boa que não existe
e se você botar fé nisso
essa coisa vai começar a existir
mesmo que ninguém veja
mesmo que só você acredite
(Cáh Morandi)
novembro 22, 2008
um presente aos leitores
Amor de índio
Letra de Beto Guedes e Ronaldo Bastos
"No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar
E andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir teu calor
E ser tudo
Sim, todo amor é sagrado"
Letra de Beto Guedes e Ronaldo Bastos
"No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar
E andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir teu calor
E ser tudo
Sim, todo amor é sagrado"
novembro 18, 2008
a little luck
Sonhei que ele me amava
e que chegava invadindo as portas
de casa; sonhei ou delirava:
ele me amou pela sala, até amar
a minha alma; sonhei e desejava:
entramos tão dentro um do outro
até que eu engravidasse de um filho,
de uma luz e clarão tão fortes
que deram cortes na noite:
abortamos o dia, quem diria,
que tivéssemos tanta sorte.
(Cáh Morandi)
novembro 15, 2008
faces
não estou no espelho,
não sei o que vejo:
é uma espécie de bicho
maquiado e vaidoso
é horroroso
e se parece obscuro;
é uma espécie de flor
florescendo e abrindo
é lindo
e se parece pintura;
é uma espécie desconhecida
calma e abusiva
é erosiva
e se parece loucura.
(Cáh Morandi)
não sei o que vejo:
é uma espécie de bicho
maquiado e vaidoso
é horroroso
e se parece obscuro;
é uma espécie de flor
florescendo e abrindo
é lindo
e se parece pintura;
é uma espécie desconhecida
calma e abusiva
é erosiva
e se parece loucura.
(Cáh Morandi)
novembro 09, 2008
Que me leve
Mas era isso, e ninguém sabia
Que eu te queria, eu tinha um silêncio
Mas era isso, e era uma vida
Que eu te daria por um pensamento
Mas era risco, e alguém havia
Que eu te cabia, eu tinha um corte
Mas era risco, e era uma via
Que eu te percorria por uma sorte
Me fez uma pequena maravilha
Me ilumina, eu viro estrela matutina
Que ainda de dia não pára de brilhar
Me fez uma grande ventania
Me fascina, eu reviro madrugada
Que ainda calada não para de vibrar
Que eu te queria, eu tinha um silêncio
Mas era isso, e era uma vida
Que eu te daria por um pensamento
Mas era risco, e alguém havia
Que eu te cabia, eu tinha um corte
Mas era risco, e era uma via
Que eu te percorria por uma sorte
Me fez uma pequena maravilha
Me ilumina, eu viro estrela matutina
Que ainda de dia não pára de brilhar
Me fez uma grande ventania
Me fascina, eu reviro madrugada
Que ainda calada não para de vibrar
(Cris de Souza e Cáh Morandi)
novembro 07, 2008
Furacões e Suspiros
Você que me pega pelos braços
me jogando no meio de uma tempestade
afundando um olhar tão castanho
me toca, acorda os vulcões adormecidos:
eu que adoro me queimar no fogo
me gira, desperta em mim um furacão:
eu que não sei lidar com os ventos,
que perco o ar enquanto te admiro,
eu que já me contento em soltar
no teu pescoço um suspiro
me jogando no meio de uma tempestade
afundando um olhar tão castanho
me toca, acorda os vulcões adormecidos:
eu que adoro me queimar no fogo
me gira, desperta em mim um furacão:
eu que não sei lidar com os ventos,
que perco o ar enquanto te admiro,
eu que já me contento em soltar
no teu pescoço um suspiro
(Cáh Morandi)
novembro 04, 2008
Corpo aberto
Meu corpo aberto sobre o seu
chama que inflama
carne que vibra
as veias marcam a pele
o sangue ferve
breve, leve, rítmico
movimento, movimento
m o v i m e n t o
mãos deslizam molhadas
suam pelas coxas
força, prende, descobre até
o fundo do ventre:
chama que inflama
carne que vibra
as veias marcam a pele
o sangue ferve
breve, leve, rítmico
movimento, movimento
m o v i m e n t o
mãos deslizam molhadas
suam pelas coxas
força, prende, descobre até
o fundo do ventre:
E X P L O D E M
se fala qualquer língua
se ouve qualquer gemido
arde, consome,
afundo no desejo:
- não pára, não pára...
- não pára, não pára...
(Cáh Morandi)
novembro 02, 2008
Sair da vida de alguém
não é um caminho que segue
e sim uma estrada de volta:
desmanchar só um lado da cama, um prato
sozinho sobre a mesa, nenhum recado
colado na geladeira, a casa intacta, a louça
se acumulando na pia, madrugadas mais
frias.
Voltar,
até as esperanças ficam
nos retratos que serão recolhidos.
Voltar,
ter a mala vazia e estranhamente
mais pesada.
(Cáh Morandi)
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