não estou no espelho,
não sei o que vejo:
é uma espécie de bicho
maquiado e vaidoso
é horroroso
e se parece obscuro;
é uma espécie de flor
florescendo e abrindo
é lindo
e se parece pintura;
é uma espécie desconhecida
calma e abusiva
é erosiva
e se parece loucura.
(Cáh Morandi)
novembro 15, 2008
novembro 09, 2008
Que me leve
Mas era isso, e ninguém sabia
Que eu te queria, eu tinha um silêncio
Mas era isso, e era uma vida
Que eu te daria por um pensamento
Mas era risco, e alguém havia
Que eu te cabia, eu tinha um corte
Mas era risco, e era uma via
Que eu te percorria por uma sorte
Me fez uma pequena maravilha
Me ilumina, eu viro estrela matutina
Que ainda de dia não pára de brilhar
Me fez uma grande ventania
Me fascina, eu reviro madrugada
Que ainda calada não para de vibrar
Que eu te queria, eu tinha um silêncio
Mas era isso, e era uma vida
Que eu te daria por um pensamento
Mas era risco, e alguém havia
Que eu te cabia, eu tinha um corte
Mas era risco, e era uma via
Que eu te percorria por uma sorte
Me fez uma pequena maravilha
Me ilumina, eu viro estrela matutina
Que ainda de dia não pára de brilhar
Me fez uma grande ventania
Me fascina, eu reviro madrugada
Que ainda calada não para de vibrar
(Cris de Souza e Cáh Morandi)
novembro 07, 2008
Furacões e Suspiros
Você que me pega pelos braços
me jogando no meio de uma tempestade
afundando um olhar tão castanho
me toca, acorda os vulcões adormecidos:
eu que adoro me queimar no fogo
me gira, desperta em mim um furacão:
eu que não sei lidar com os ventos,
que perco o ar enquanto te admiro,
eu que já me contento em soltar
no teu pescoço um suspiro
me jogando no meio de uma tempestade
afundando um olhar tão castanho
me toca, acorda os vulcões adormecidos:
eu que adoro me queimar no fogo
me gira, desperta em mim um furacão:
eu que não sei lidar com os ventos,
que perco o ar enquanto te admiro,
eu que já me contento em soltar
no teu pescoço um suspiro
(Cáh Morandi)
novembro 04, 2008
Corpo aberto
Meu corpo aberto sobre o seu
chama que inflama
carne que vibra
as veias marcam a pele
o sangue ferve
breve, leve, rítmico
movimento, movimento
m o v i m e n t o
mãos deslizam molhadas
suam pelas coxas
força, prende, descobre até
o fundo do ventre:
chama que inflama
carne que vibra
as veias marcam a pele
o sangue ferve
breve, leve, rítmico
movimento, movimento
m o v i m e n t o
mãos deslizam molhadas
suam pelas coxas
força, prende, descobre até
o fundo do ventre:
E X P L O D E M
se fala qualquer língua
se ouve qualquer gemido
arde, consome,
afundo no desejo:
- não pára, não pára...
- não pára, não pára...
(Cáh Morandi)
novembro 02, 2008
Sair da vida de alguém
não é um caminho que segue
e sim uma estrada de volta:
desmanchar só um lado da cama, um prato
sozinho sobre a mesa, nenhum recado
colado na geladeira, a casa intacta, a louça
se acumulando na pia, madrugadas mais
frias.
Voltar,
até as esperanças ficam
nos retratos que serão recolhidos.
Voltar,
ter a mala vazia e estranhamente
mais pesada.
(Cáh Morandi)
outubro 28, 2008
um beijo, boa noite
Hoje eu queria te levar um beijo de boa noite. Um beijo delicado sobre tua testa, sem nenhuma outra intenção além de te desejar uma boa noite de sono. Nem pedir para estar em teus sonhos, nem pedir para dormir ao teu lado. Queria apenas te ver doce, te ver repousar com todas as inseguranças e perspectivas de um menino, já que a barba será feita somente antes do trabalho, já que os compromissos, por enquanto, estão apenas na agenda, já que o coração está tranqüilo e quase amando uma menina que queria beijar sua testa pelas noites que virão, já que o sono parece uma boa cama para os sonhos que ainda precisam esperar, já que agora o homem pode tirar a máscara e deixar o nu da face iluminar um punhado de estrelas que moram no teto do seu quarto, já que o tempo entre um pensamento e outro é tão rápido e tão milagroso que pode despertar o próximo dia.
.
.
(Cáh Morandi)
outubro 27, 2008
quantas coisas, primaveras,
borboletas no ar, sol,
chuva, continentes,
de repente até o mar,
outubro, outono,
vinis, Paris, aquele céu,
aquele amor, aquela hora,
agora, a madrugada,
e se quiser até a aurora,
a cor que não existe,
a fênix, as sereias que não vi,
os duendes, as fadas,
todos os contos que li,
paisagem, janela,
Guanabara, coração,
verão, apartamento,
avião, dólar, euro.
o que eu não daria
por um momento?
o que eu recusaria
para ter seu pensamento?
o tempo vai passar
e deixa passar com algum sentido
vem passar comigo
a vida, depois, o infinito.
borboletas no ar, sol,
chuva, continentes,
de repente até o mar,
outubro, outono,
vinis, Paris, aquele céu,
aquele amor, aquela hora,
agora, a madrugada,
e se quiser até a aurora,
a cor que não existe,
a fênix, as sereias que não vi,
os duendes, as fadas,
todos os contos que li,
paisagem, janela,
Guanabara, coração,
verão, apartamento,
avião, dólar, euro.
o que eu não daria
por um momento?
o que eu recusaria
para ter seu pensamento?
o tempo vai passar
e deixa passar com algum sentido
vem passar comigo
a vida, depois, o infinito.
(Cáh Morandi)
outubro 22, 2008
outubro 18, 2008
Ilumina-me
o sol reflete direto no seu sorriso
e isso não é certo, isso não é bom
o reflexo bate em mim
fico assim, quase cega
de te procurar, ver você radiar
e você quase vira uma estrela
em plena manhã de sexta-feira
no meu quarto escuro
risos e absurdos
você que brilha,
você que me faz brilhar
isso não é certo,
você sair pelas ruas
andando sem pressa alguma
enquanto fico na loucura
de tanta gente te fitar
você que é tão bonito de olhar
essa multidão que te cerca
mas você é a coisa mais certa
aonde quero chegar
você que apaixona,
você que me faz apaixonar
(Cáh Morandi)
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