maio 12, 2008

Corro demais


Sempre chego cedo demais
E já ansiosa pelo o que há de vir;
Ah, eu me esqueço que corro para o fim;


(Cáh Morandi)

maio 10, 2008


dá um trabalho enorme
quando teimo em me encontrar
temos ao meio um abismo


entre mim e mim
há muitos nós distantes


(Cáh Morandi)

maio 08, 2008

Bem se quer


Não vou ser uma estrela
não vou ser nada que apareça
somente algo que se pareça ao máximo comigo
ser um lírio, ser o mar molhando a areia,
ser uma poesia em canto de sereia
ser como um conto, ser como o que não se vê
e que acaba se tornando desejado e bonito
porque pode ser imaginado como bem se quer



(Cáh Morandi)

maio 07, 2008

I miss (you)



Sinto sua falta
e a casa vazia é só impressão
em tudo há o teu retrato
espalhados retalhos de(coração)
futuro projetado de lembranças
roupas descoloridas no armário
vestígios largados de solidão
mil adeus já ensaiados
novos amores fracassados
nossos estilhaços pelo chão



(Cáh Morandi)

maio 06, 2008

Ao teu encontro


disfarça, não repara
esse meu mal jeito
faz tanto tempo
são tantas horas
eu nunca soube
nem quero aprender
como ir embora




(Cáh Morandi)

Moda antiga


Vive comigo um amor sem moda
Ou se for de moda, que seja antiga
Me manda uma “cartinha”
Com letras “redondinhas”
Cheias de “eu te amo”
Me escreve uma poesia
Cheia de “riminha”
Me proponha uma jura
Daquelas que não se fazem:
“Quer ser pra sempre,
Sempre minha?”



(Cáh Morandi)

maio 05, 2008

não fale
me vê
me lê
o corpo
em braile



(Cáh Morandi)

Sem saber

(é assim que ainda te vejo... dorme)


não vou saber o que sentir
enquanto te observo dormir
depois de me amar;
não vou saber o que falar
assim que você acordar
e de repente sorrir;
não vou saber o que dizer
só vou saber o que vou querer:
na tua vida me deixar



(Cáh Morandi)
espero ter coragem para te roubar
um primeiro beijo
seguidos de outros que vou exigir
só para te sacanear

Presente


Ganha-me de mim
Desencanta a solidão
Prende-me assim
Agiganta o coração

Revela-me os segredos
Desnorteia meu norte
Ajeita-me teu brinquedo
Manuseia minha sorte

Dê-me as pistas até você
Bagagem para me render
Dê-me os laços até buquê
Passagem para me perder


[ Cris Poesia & Cáh Morandi ]

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