janeiro 04, 2008

Minha melhor roupa



Fico na dúvida entre as roupas:
O vestido preto ou o florido?
Saia, calça, que tal espartilho?
Camisete branco ou bata verde?
Salto alto, médio ou tênis?
E o que faço no cabelo,
Coque, solto ou prendo?
Por fim tento me acalmar
pois se isso tudo é para ser tua, sabes
que nua é o que melhor me cai bem.

[ Cáh Morandi ]

janeiro 02, 2008

Feche...



Experimente, meu coração,
feche seus olhos em alguma manhã
você poderá imaginar (sentir) tudo
(tudo que realmente desejar...)
respire o aroma do café fresco
que se prende a minha camisola vermelha
estenda suas mãos sobre a mesa
(toque minhas mãos novamente)
alinhe seu terno mal passado,
entre no carro e siga o seu caminho
(quanta distância pode haver?)
então você vai duvidar em ligar o som
vai, talvez, sorrir ao me lembrar
passando todas as estações da rádio
nunca satisfeita até desligar...
você fará o trajeto em silêncio
era como eu ficava... olhando
pela janela o mundo infinito
com uma das mãos em tuas pernas...
e nessas horas tudo ficará vago
porque estarei longe do teu corpo
(a falta vai doer, meu querido)
e você nunca... nunca...
nunca desejará tanto
fechar seus olhos, meu amor.


[ Cáh Morandi ]

Mais do que um segredo



Quando estiver terminando o verão
Quero ver o pôr-do-sol desaparecer
Dentro dos teus olhos de calmaria
E ser para ti, no fim desse dia,
Parte das coisas que escondes
De mim, de todos e até Deus,
Mais profundas que um segredo;
E voltando pela praia que escurece
Virei cantando, baixinho,
Quase como uma prece:
O dono de meus olhos
Tem os olhos onde o sol
Gosta de morrer.


[ Cáh Morandi ]

Soneto do Teu Corpo





Juro beijar teu corpo sem descanso
Como quem sai sem rumo prá viagem.
Vou te cruzar sem mapa nem bagagem,
Quero inventar a estrada enquanto avanço.

Beijo teus pés, me perco entre teus dedos.
Luzes ao norte, pernas são estradas
Onde meus lábios correm a madrugada
Pra de manhã chegar aos teus segredos.

Como em teus bosques. bebo nos teus rios.
Entre teus montes, vales escondidos.
Faço fogueiras, choro, canto e danço.

Línguas de lua varrem tua nuca.
Línguas de sol percorrem tuas ruas.
Juro beijar teu corpo sem descanso


[ Leoni / Moska ]

janeiro 01, 2008

Construção


Vou construir um pedaço de mundo
Bem lá no mais fundo de mim,
Onde meus sonhos poderão viver
Na paz e tamanho que merecem.

[ Cáh Morandi ]

dezembro 29, 2007

Ser-te



Me leva onde posso ficar perto de teu coração
E me acolher entre as têmporas que saltitam
Para que minha alma caiba na calma dessas mãos
E que meus pés se enlacem nos teus passos,
Ficar na paz que somente o teu abraço têm
Contornar o teu rosto e aderir-me em tua pele
Como tatuagem que se adere e marca fundo...
Elevar-me aos céus sob o bálsamo dos teus beijos,
Ser teu insano desejo, ser-te tudo, ser-te a mente,
Ser-te sumo, ser-te gozo, teu amor eloqüente.


~ Cris Poesia & Cáh Morandi~

dezembro 28, 2007

Um mundo para você



Sentei a beira do rio do tempo,
Fiquei ali por 8 ou 9 vidas
Bebendo os segundos das horas,
Minuto por minuto do dia
Para chegar no momento certo,
Eterno, para te levar comigo!
Depois de devorar cada estação,
Vou te trazer, entrelaçando as mãos,
No meu mundo onde será sempre primavera,
E que tudo batizarei com teu nome,
Com teu sobrenome, em mim sobre tudo.


[ Cáh Morandi ]

Para não te tocar



Solto os cabelos
Para beijarem o vento
Quando aqui dentro
O amor se esconde
Há tanto que não
Se quer sentir,
Mas na cidade vazia
Teu olhar me segue
E no silêncio
Há palavras
De arrependimento
Que flutuam
E pairam perto de mim
No vão
Está teu corpo
E eu não irei
Beijá-lo
Tocá-lo
Na intensidade
Do amor
Para sempre.


[ Cáh Morandi ]

Vestida de Luz




Recebo um beijo do Sol
Um raio de vida me atravessa a alma
Aquece meu corpo, devolve-lhe a luz.
Essa paz profundamente me traduz
Estou preparada para mais um dia…
(Sem ti…)


[ Cáh Morandi e Augusta Moreira ]

dezembro 27, 2007

A Lua é como eu?



Qual será o segredo da Lua
Que desaparece entre as nuvens
Do céu gelado de New York?
Em que fase ela se sente nua?
Será que a Lua é mulher como eu?
Antes de chegar a noite
Quanto tempo ela se olha
Se arrumando por inteiro
Na frente do cruel espelho?
Será que a Lua tem aqueles
Sete dias de dores incessantes?
Porque ela é tão gigante
E tem duas cores,
Branca e amarela,
Se visto de um ângulo
Diferente para o céu?
Se ele é redonda,
Será que já fez regime?
E se fica nova,
Que cinta poderosa a comprime?
Todas aquelas estrelas
São amigas verdadeiras
Ou vizinhas fofoqueiras
Da vida dela?
E quando ela não vê a Terra,
Como será ficar sozinha
No escuro do infinito?
Será que é a mesma coisa
Quando tento dormir
De luz apagada sem o meu amor?


Eu penso, Lua,
Que cruz a sua!
Será que você
É tão sozinha como eu?


[ Cáh Morandi]

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