janeiro 02, 2008
Soneto do Teu Corpo
Juro beijar teu corpo sem descanso
Como quem sai sem rumo prá viagem.
Vou te cruzar sem mapa nem bagagem,
Quero inventar a estrada enquanto avanço.
Beijo teus pés, me perco entre teus dedos.
Luzes ao norte, pernas são estradas
Onde meus lábios correm a madrugada
Pra de manhã chegar aos teus segredos.
Como em teus bosques. bebo nos teus rios.
Entre teus montes, vales escondidos.
Faço fogueiras, choro, canto e danço.
Línguas de lua varrem tua nuca.
Línguas de sol percorrem tuas ruas.
Juro beijar teu corpo sem descanso
[ Leoni / Moska ]
janeiro 01, 2008
Construção
dezembro 29, 2007
Ser-te
Me leva onde posso ficar perto de teu coração
E me acolher entre as têmporas que saltitam
Para que minha alma caiba na calma dessas mãos
E que meus pés se enlacem nos teus passos,
Ficar na paz que somente o teu abraço têm
Contornar o teu rosto e aderir-me em tua pele
Como tatuagem que se adere e marca fundo...
Elevar-me aos céus sob o bálsamo dos teus beijos,
Ser teu insano desejo, ser-te tudo, ser-te a mente,
Ser-te sumo, ser-te gozo, teu amor eloqüente.
~ Cris Poesia & Cáh Morandi~
dezembro 28, 2007
Um mundo para você
Sentei a beira do rio do tempo,
Fiquei ali por 8 ou 9 vidas
Bebendo os segundos das horas,
Minuto por minuto do dia
Para chegar no momento certo,
Eterno, para te levar comigo!
Depois de devorar cada estação,
Vou te trazer, entrelaçando as mãos,
No meu mundo onde será sempre primavera,
E que tudo batizarei com teu nome,
Com teu sobrenome, em mim sobre tudo.
[ Cáh Morandi ]
Para não te tocar
Solto os cabelos
Para beijarem o vento
Quando aqui dentro
O amor se esconde
Há tanto que não
Se quer sentir,
Mas na cidade vazia
Teu olhar me segue
E no silêncio
Há palavras
De arrependimento
Que flutuam
E pairam perto de mim
No vão
Está teu corpo
E eu não irei
Beijá-lo
Tocá-lo
Na intensidade
Do amor
Para sempre.
[ Cáh Morandi ]
Vestida de Luz
dezembro 27, 2007
A Lua é como eu?
Qual será o segredo da Lua
Que desaparece entre as nuvens
Do céu gelado de New York?
Em que fase ela se sente nua?
Será que a Lua é mulher como eu?
Antes de chegar a noite
Quanto tempo ela se olha
Se arrumando por inteiro
Na frente do cruel espelho?
Será que a Lua tem aqueles
Sete dias de dores incessantes?
Porque ela é tão gigante
E tem duas cores,
Branca e amarela,
Se visto de um ângulo
Diferente para o céu?
Se ele é redonda,
Será que já fez regime?
E se fica nova,
Que cinta poderosa a comprime?
Todas aquelas estrelas
São amigas verdadeiras
Ou vizinhas fofoqueiras
Da vida dela?
E quando ela não vê a Terra,
Como será ficar sozinha
No escuro do infinito?
Será que é a mesma coisa
Quando tento dormir
De luz apagada sem o meu amor?
Eu penso, Lua,
Que cruz a sua!
Será que você
É tão sozinha como eu?
[ Cáh Morandi]
O amor dela
Ela é graciosa, mulher pequena,
De força intensa, olhar encantador,
Ela é branca, tão linda morena,
De cabelos cheios e negros,
Delicados e finos dedos,
Unhas fortes para arranhar,
Pés pequeninhos e bem cuidados,
Lábios que seriam desejados,
Corpo para desviar o destino...
E quantos homens a queriam,
Quantos deles morreriam
Pelo amor dessa mulher!
Que vai espalhando o perfume
Por toda a rua de manhã...
Menos você... que não notou,
Que se desapercebeu,
Que o amor dela é teu...
( O amor dela é teu...)
[ Cáh Morandi ]
O paraíso
Esse é parte do paraíso da qual não pertenço
Que conheço de olhar pelo lado de fora
Onde meus olhos quase não alcançam vista
E muitas pessoas sorriem com seus ternos alinhados,
Vinhos importados, e dinheiro para comer...
As mulheres andam bem em cima de seus saltos,
Seus cabelos engraçados, esmalte fino na mão...
Esse é o paraíso que não me chama atenção,
Essa é parte da história em que sou pobre,
E como é bom estar no meu lugar!
Comida para comer, roupa para usar,
Água para beber, cabelo sem pintar!
Meu mundo em sintonia...
Eu tenho a paz para abraçar!
[ Cáh Morandi ]