dezembro 14, 2007

Time to sleep



Eu sei, eu deveria dormir,
Já é nossa hora de sempre...


Essa é a minha primeira noite
Sem ter você me abraçando,
Respirando em minha nuca,
E sussurrando qualquer coisa
Que eu não pudesse entender...

Essa é minha primeira noite
Depois de conhecer o amor
(de fazer amor pela primeira vez...)
E eu estou com receio de adormecer
Se você não estiver aqui amanhã...

Essa é a minha primeira noite
De tantas outras, até você voltar,
Até eu reencontrar de novo
Teus olhos profundos...


Eu sei, eu deveria dormir,
Mas para que? Já tenho meu sonho!


[ Cáh Morandi ]

dezembro 07, 2007

My word


Suas mãos
Seus lábios
Seus olhos
Seus finos fios de cabelos...


O seu perfume
Impregnado em
Minhas roupas,
O seu gosto
Invadindo o
Meu paladar...

Tudo que é seu...
[Este é meu mundo]


- Cáh Morandi -

dezembro 06, 2007

Duvidosa Mariscal




Certamente que Mariscal
Terá um outro tom de verde
(ou quem sabe azul?)
Depois que teus olhos
Chegaram e penetraram
Até o mais profundo
Das águas desse mar


Será que agora,
Quando Mariscal
Despertar para o dia
Ela terá a mesma paz
Que eu tive de acordar
Acolhida em teu abraço?


Dormirei pensando que
Agora toda essa praia
Desejará ter teu nome
Gravado na areia
Ou navegando nas ondas


É certo, quando agora
Olho para fora da janela
Que tu és o oceano,
Oceano humano,
Que eu amo mergulhar.

[ Cáh Morandi ]

dezembro 02, 2007

A moment


Hoje minhas mãos não puderam alcançar
O tão alto céu, nublado.
Dentro de mim, tempo fechado à deriva
De uma ventania, insistente.
Meus olhos de água enchiam uma lagoa
Dentro do verde, da grama.
Era tarde nessa manhã de brando verão
Que se esfriava, em mim.


[ Cáh Morandi ]

novembro 28, 2007

Parte do Ser



O bater das ondas
Seguiam o ritmo do coração,

O que é o oceano,
Se não um pedaço de céu
Que despencou na terra?
Ou o que é céu,
Se não um pedaço do oceano
Que ficou lá em cima na maré cheia?

E isso era a resposta
Do seu porque
Haviam estrelas do céu e do mar

No fundo,
Quem pertenceu a quem?

Você, o mar, o céu, e eu...


[ Cáh Morandi ]

Es(colhas)




Esperar alguém
É uma escolha digna,
Ardorosa e sufocante,
Mas é uma boa escolha.
Sorte tem aqueles
Que apenas seguem
Nesse ritmo da vida
E que nada esperam,
E ainda tudo encontram.
Por experiência própria,
Me parece que quanto mais
Se busca pelo amor,
Mais ele nos foge.
E num segundo quando se senta
Para o descanso,
Ele chega e te sorri
Como se sempre
Viesse ao seu encontro...



[ Cáh Morandi ]

novembro 26, 2007

Encontrar-(se)



Os homens... sempre variáveis
Aos sentidos do seu coração.
Um copo meio vazio, meio cheio,
É o bastante onde se afogar.
Casos sempre mal resolvidos,
Sonhos eternamente esquecidos.
O homem só se pode dizer homem
Por completo e por inteiro
Quando de verdade ele se encontra...
E a resposta que provém dessa certeza
É quando por fim ele encontra
Um amor que consegue mudá-lo,
E pelo qual ele se sente capaz
De matar ou morrer...
Esse único amor
Também que é capaz de o salvar.


[ Cáh Morandi ]

novembro 22, 2007

Das tuas cartas


Não me escreva estas tuas cartas grandes
Com páginas e páginas de vazio...
Nosso amor é forte e vivo,
Maior que a distância
E mais veloz que o vento;
Nosso amor não tem momento
Porque em tudo, ele é um todo,
O tempo todo em movimento...
Devo te contar um segredo
Que tive medo, até então,
De te confessar:
Das tuas cartas tudo que me treme,
Que me encanta, que me aflora,
Que desmorona tudo que é meu,
São as últimas quatro palavras...
“ Do sempre, sempre, teu...”


[ Cáh Morandi ]

novembro 21, 2007

Sobre minha poesia


Que nada seja lembrado de mim
Se não essas rasas palavras
Que me rasgaram a alma
Tantas vezes e tantas noites
Me deixaram acordada
Por uma única vírgula
Para finalizar um poema

Que meu tamanho não
Sejam esses poucos palmos
Me meçam de salto alto
E de braços erguidos
Porque alcancei o céu
Quando tive por perto
A capacidade do amor

Que meus sentimentos
Sejam bem digitados
Em algum livro futuro
Fielmente me retratando
Nas emoções, nas sensações,
Para que eu esteja viva ali,
Com minha voz declamando

Que o amor que eu acredito
Tenha sido mais capaz
Do que eu mesma pensei,
Que ele tenha resistido
Na carne, no espírito,
Permanecido bonito
Como um dia eu sonhei


[ Cáh Morandi ]

novembro 20, 2007

Meu


“Mais leve que o ar, tão doce de olhar
Que nenhum adeus pode apagar...”
(Caetano Veloso)


A maneira que teus olhos ardiam
Quando olhavam para o sol,
Como caminhavas pela terra
Como se pisasse nas nuvens do céu,
A delicadeza de tuas suaves mãos
Brincando entre meus cabelos,
Tuas palavras sussurradas
Com calma, antes de dormir,
O movimento lento do teu corpo
Na hora de fazermos amor;
Isso tudo, que é só teu,
(Que foi meu por algum tempo)
Ficaram na memória remoendo
Ardendo nas lembranças de meu peito;
Histórias que são somente nossas
Que jamais deixarei partir
Porque estão em tudo que é meu
E não haverá qualquer adeus
Capaz de as levar...


[ Cáh Morandi ]

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