outubro 15, 2007

Um poema de sentimento



(dedicada à Carla Carolina Pereira)


Às vezes para se fazer poema
É preciso mais do que um punhado de palavras:
Necessita-se de um bom motivo,
De uma pessoa inesquecível
De uma amizade sem preço.
Esse é um desses poemas
Em que gostaria de depositar
Parte de meu coração e amizade
E dizer com toda verdade:
Foi bom te encontrar nessa vida!
Pelas risadas, pelos segredos,
Pelas madrugadas, pelos planos,
Por comer tarde da noite,
Por inventar nossas possibilidades,
Por saber, qual fosse a hora,
Eu poderia te chamar.
Carla Carolina,
Que gosta tanto de rima
Minha irmã escolhida
Pelo tempo que durar.


- Cáh Morandi –


15 de outubro de 2007.
00:21

Morrer de amar



Odeio quando me contam mentiras
Essas deslavadas e tortas verdades.
Outro dia ouvi comentar:
“Morreu de tanto amar...”
Me indignei com essa!
Onde que já se viu
O amor matar alguém?
No meu mundo
E em todas as coisas
Em que acredito e creio
Que é por “morrer de tanto amar”
É que a gente de verdade de vive.


- Cáh Morandi –

Exceção




Amanhã, quando você acordar,
E lembrar de mim a cada hora
Vê se não chora, grande homem,
Por perder mais um dia sem me amar.
Seja dono dessa força toda
Que você diz que tem,
Não ligue para dizer “meu bem”
Ou “vamos nos casar”.
Eu penso no que você acredita,
Então, já que você é tão
Senhor de tudo,
Lembre-se que sou a exceção,
Que você já não me tem.

- Cáh Morandi –

Chance


Sinto que estou perdida e confesso não estar tão apavorada como realmente devia estar. Gostaria de me entender melhor e aprender a lidar com os sentimentos que carrego de forma mais organizada e menos sensível. Quisera eu ter a capacidade de ser mais sincera com meu coração a ponto de ser extremamente honesta e jogar limpo com minhas lembranças (essas tortuosas lembranças que me consomem o presente e condenam meu amanhã). Por não saber de mim, já por tanto tempo na vida, me aborreço em ter que registrar nessas palavras essas horas sem direção e previsão de tempo. No fundo dessas incertezas todas há uma calmaria estranha e bem-vinda, e penso que pode ser bom estar perdida. Dizem que quando não se sabe para onde está se indo, existe metade das chances de chegar a um bom lugar. Metade e possíveis chances, melhor acreditar.

- Cáh Morandi –

outubro 13, 2007

Jura Secreta




Só uma coisa me entristece: o beijo de amor que não roubei.A jura secreta que não fiz.A briga de amor que não causei.Nada do que posso me alucina, tanto quanto o que não fiz. Nada do que eu quero me suprime de que por não saber ainda não quis. Só uma palavra me devora: aquela que meu coração não diz. Só o que me cega, o que me faz infeliz é o brilho do olhar que não sofri.

[Sueli Costa e Abel Silva]

Tuas palavras



Vivo, nas vezes que me olhas,
Me tocas, me abraças,
Me beijas, me cheiras,
Me abraçando no
Teus braços macios
E sussurrando baixo
Em meu ouvido
Qualquer segredo
Com o poder sublime
Que tem tuas palavras
De tocar a alma
De minha alma.

- Cáh Morandi -

Do que restou



De tudo
Que eu fui
E poderia ser,
Restou que sou um pedacinho,
Micro pedacinho
Perdido nas
Curvas incertas do vento
Propensa a velocidade
Do tempo e suas dúvidas,
E todas as coisas
Grandiosas e altas
Já passaram...
Triste e incerto
Pedacinho,
Flutue e voe
És a única
Lembrança restante
De um grande, forte,
E que diziam eterno,
Amor.

- Cáh Morandi -

outubro 09, 2007

Tuas (pequenas) mãos



Quando fui até a praia
Levei tuas mãos comigo
(As levei entre as minhas mãos)
Elas são tão pequenas e leves
Sempre se convidam para um passeio.
Essas tuas doces mãos,
Que por vezes me revelam
Que por noites me ascendem
Que por dias me carregam
Que por desejo me derretem
Que por amor me adormecem
Que por inocência me dominam.
Essas tuas mãos, pequeninas,
Que me desvirtuam, que me levam,
Que me fazem tua, que me deixam nua.
Sim, essas mãos que levo até a praia
E as lavo entre as ondas que quebram
Para deixar o teu cheiro de maresia
E ser entregue em todos os mares do mundo.

- Cáh Morandi -



Teu nome



Eu hei de escrever teu nome
Num pedaço de vento
Na lista do mercado
Num importante documento
E eu hei de tatuá-lo
Enquanto pulsa meu coração
Por toda minha mente
No ar de meu pulmão
Só para não esquecer
Esse teu doce nome
Que sempre consome
Toda minha inspiração

- Cáh Morandi -

Olhos abertos


Não feche os olhos
Enquanto me ama
Deixe-os abertos
Olhos espertos,
Repletos de fome

- Cáh Morandi -

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