É a menor estrela
No mundo
De Deus
A menor estrela
Tem meu nome,
Sou eu.
- Cáh Morandi -
Prefiro acreditar que ainda te tenho
Do que morrer nessa noite que chove
Quero lembrar teu riso e teus olhos
Porque se os lembro, sei que os tive
Gosto de sentir teu cheiro pela casa
Pois te perfumavas para me render
Que seja ilusão ainda teu corpo
Do que a certeza de não mais te ter
Te esperarei em cada novo sonho
Implorando para o dia não amanhecer
Se for a única forma, então aceito,
Fecho os olhos e ainda posso te ver.
- Cáh Morandi -
Quantas perdas tem meu canto
Repleto de infinita saudade
Dura a noite, persiste a tempestade
Enquanto se apagam as estrelas no céu...
- Cáh Morandi -
Como amo quando é setembro!
Sinto-me mais larga que suas tardes
Me desfaço no outono
Me renasço na primavera
Fica o ano todo a minha espera
Eu o olho com doçura
E ele dura mais que um mês
Há noites que eu o chamo para dormir
É tão constante
E mútua entrega
Fico perdida no calendário
Penso num ypê amarelo
Florido, dançando com o vento
De repente
Meu peito aperta,
Mas esse ypê tem sua glória...
Esse ypê te comporta ... setembro!
- Cáh Morandi -
Quanta coisa
Nascia esta manhã
A primeira flor
Anunciava a primavera
E uma chuva caia de mansinho
Ás vezes na grama, oras em mim,
Uma borboleta, cinco estrelas derradeiras.
Por fim, uma única coisa renascia,
Ardia e me feria
Tinha certo gosto de ausência...
E então, como sempre,
Depois de ver nascer belezas,
Eu morria dentro de tua falta...
- Cáh Morandi -