setembro 18, 2007

Ainda te vejo



Prefiro acreditar que ainda te tenho
Do que morrer nessa noite que chove
Quero lembrar teu riso e teus olhos
Porque se os lembro, sei que os tive
Gosto de sentir teu cheiro pela casa
Pois te perfumavas para me render
Que seja ilusão ainda teu corpo
Do que a certeza de não mais te ter
Te esperarei em cada novo sonho
Implorando para o dia não amanhecer
Se for a única forma, então aceito,
Fecho os olhos e ainda posso te ver.

- Cáh Morandi -

O canto da perda


Quantas perdas tem meu canto
Repleto de infinita saudade
Dura a noite, persiste a tempestade
Enquanto se apagam as estrelas no céu...

- Cáh Morandi -

Só porque gostas


Eu gosto das palavras!
Eu amo você!
Vives me perguntando:
- Você vive para escrever?
É claro que não!
Eu vivo para ti amor,
E porque gostas de ler...

- Cáh Morandi -

D e v a g a r z i n h o



Caem devagarzinho
As gotas da chuva
Nessa vida amiúde
Passa devagarzinho
Essa dor carnívora
E sempre insistente

“-Devagarzinho, devagarzinho...”
Ele dizia certas vezes
Na minha ansiosidade,
“- Meu amorzinho, meu amorzinho...”
Eu dizia certas vezes
Na minha voracidade.

- Cáh Morandi -

setembro 17, 2007

Infinita Espera



Repara como o dia termina no mar
O sol se escondendo atrás das águas
E a noite vai tomando seu espaço
As estrelas ocupando o seu lugar

Repara quando se finda o outono
Ainda cinza e carregando o frio
Rompendo logo vem a primavera
Própria aquarela nesse tempo sem dono

Repara como dorme o insistente vento
Descansando em montanhas ou vales plenos
E o silêncio é o mais alto que se ouve
Nas vezes, em que triste, geme o tempo

Repara na beleza de nossas vidas se entregando
Que mesmo que nos afastasse por infinitos anos
Te reconheceria e ficaria sorrindo
Sempre e sempre, amor, te esperando.

- Cáh Morandi -

Setembro


Como amo quando é setembro!
Sinto-me mais larga que suas tardes
Me desfaço no outono
Me renasço na primavera

Setembro também me ama
Fica o ano todo a minha espera
Eu o olho com doçura
E ele dura mais que um mês

Tem manhãs que ele me desperta
Há noites que eu o chamo para dormir
É tão constante
E mútua entrega

Quanto não estou em setembro
Fico perdida no calendário
Penso num ypê amarelo
Florido, dançando com o vento

De repente
Meu peito aperta,
Mas esse ypê tem sua glória...
Esse ypê te comporta ... setembro!

- Cáh Morandi -

Re(nascia)

Quanta coisa
Nascia esta manhã
A primeira flor
Anunciava a primavera
E uma chuva caia de mansinho
Ás vezes na grama, oras em mim,
Uma borboleta, cinco estrelas derradeiras.
Por fim, uma única coisa renascia,
Ardia e me feria
Tinha certo gosto de ausência...
E então, como sempre,
Depois de ver nascer belezas,
Eu morria dentro de tua falta...

- Cáh Morandi -

Não há adeus


Para o amor
Não existe adeus


Então não se despeça
Porque de nada vale

Lembro que partiste
E em breve retornarás

E estarei te esperando
... como sempre estive
... como sempre estarei

Com o teu amor guardado,
Selado, tatuado, enraizado
(e sempre, sempre mais)
Unido ao meu coração.

- Cáh Morandi -

Mar*


[Saudades]
Dos dias que me inundavas,
Que sussurravas:
- Minha praia...
E vinhas, sem pressa,
Me conduzindo,
Sorrindo...
E éramos o próprio amor.


Um beijo eterno
Praia*

Durma, amor




Durma
Porque não irei chegar...
Tomei outro rumo
As ruas mudaram de lugar
Não vou chegar amor,
Durma... Durma...
O caminho é outro
E também são outros abraços...
Amor, amor...
Sonhe que estarei lá
Com o mesmo sorriso
Com meu cheiro de maracujá...
Meu beijo
Meu amor
Meu adeus
Já vou...

- Cáh Morandi -

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