junho 01, 2007
Vem viver
Os amores morrem nos sonhos
Por ali eles fogem do que podem ser.
Amor crescido fica frio,
E com tempo distante.
Porque a gente sonha com quem ama?
Porque a gente não ama e depois sonha junto?
Eu só não quero mais viver na fantasia,
Eu não ter que imaginar teus lábios doces,
Ter que buscar tua imagem todo dia.
Eu não quero mais te sonhar,
Não te quero ver morrer aqui, meu amor.
Vem... vem... vem
Vive teus sonhos ao meu lado.
Todo esse amor é um aprendizado
Da vida que não quiseste ver.
Vem... vem.. vem...
Mesmo que seja um pecado,
Mesmo que seja errado
Eu e você.
Vagos pensamentos de Sicília III
Ela pensava nas possibilidades possíveis, mas principalmente nas impossíveis e improváveis. Esperar pelo que todo mundo espera não valia a pena, o bom era estar pronta para o que ela nunca pensava acontecer: um tombo no meio da rua, um mal estar no meio da tarde, uma chuva naquele fim de semana que planejou acampar na praia, uma batida no carro logo no mês em que não tinha dinheiro, um bom vinho de madrugada sentada num banco de uma praça, as reuniões em cima da hora para assuntos decisivos.O certo era que ela imaginava se preparar para tudo, das pequenas a grandes coisas. Detalhadamente. Minuciosamente. Então havia dias que ela mais planejava do que vivia. E quando ela vivia sempre foi dos planos dos dias anteriores. Não havia motivos pra tanta insegurança. Ninguém está pronto pra tudo o tempo todo. Sempre tem algo novo, algo de diferente. Que triste, penso eu, são os dias dos que não aceitam as surpresas, que não evitam surpreender-se e envolver-se com o inesperado. E daí fiquei pensando no domingo a tarde em que ela deve ter sentado e programado o dia em que seria feliz. Ah, mas mal sabe ela que tem coisas que não tem dia, que não tem hora. Que de repente chega agora, e tem nome de amor.
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maio 27, 2007
Sobre o céu
Quando a gente olha para o céu e o vê amarelar
Parece que foi um beijo que ele recebe do sol
Pra perder o azul celeste e começar a terminar
Cedendo espaço lá em cima pra noite chegar.
Por tempos o céu foi a distração de minha infância
Hoje ele me parece algo de tão vaga lembrança,
Que vontade me dá de colorir lá em cima
Uma poesia que tivesse rima e brilhasse!
( Cáh Morandi )
Faria
Eu caberia
Na casa vazia
De uma borboleta.
Eu nasceria
Na noite vazia
Sem estrelas.
Eu te daria
Amor todo dia
Sem cessar.
Eu te faria
Uma nova poesia
Pra declamar.
Eu comeria
A comida fria
Pra esperar.
E desconfias
Será que ela suportaria
Só por me amar ?
A poetisa diria
Que não há alegria
Até você chegar.
( Cáh Morandi )
.
.
As horas
maio 24, 2007
Jesus Cristinho
Se Deus quisesse
Escutava minha prece
E viria me salvar.
Mas se Ele não me escuta
Vou bater na sua porta pedindo ajuda
Até me deixar entrar.
Não adianta Jesus Cristinho
É muito só esse caminho
Que me desses para andar.
Podias mandar um anjo
Pra que não eu não precisasse tanto
A toda hora reclamar.
Manda pra minha boa companhia
Que daí eu te juro que só oraria
Quando te escutasse me chamar.
( Cáh Morandi )
Quando dormimos abraçados
Estávamos deitados
Nossos corpos entrelaçados
Para que pudéssemos nos aquecer.
Brincavas com teus pés gelados
Nos meus tão cansados do dia que terminou.
Teu peito em minhas costas grudado
E o silêncio no quarto era tanto
Que tua respiração eu poderia ter escutado.
Rompemos a noite sonhando cada momento passado.
Que maravilha é em teus braços ter descansado
E acordar com teu beijo todas as manhãs.
( Cáh Morandi )
Agradecimento
Espero que aceites essa poesia
Como agradecimento por todos os dias
Em que você me amou.
Por todas às vezes que apertou meu corpo
Contra teu peito e me desejou.
Também por deitar tua cabeça em minhas pernas
E ali ser o lugar onde tantos sonhos sonhou.
Eu te agradeço por todos os segundos vividos,
Pelas vezes em que andamos até o infinito,
E por todos os beijos que ainda o tempo não apagou.
Pelas risadas e tantas boas conversas
E pelas flores que antes da primavera você buscou.
Também tudo que aprendi e por cantar ao meu ouvido.
Eu te perdôo também por ter partido,
E ter feito tudo sem sentido
Desde o dia em que me deixou.
( Cáh Morandi )
Como agradecimento por todos os dias
Em que você me amou.
Por todas às vezes que apertou meu corpo
Contra teu peito e me desejou.
Também por deitar tua cabeça em minhas pernas
E ali ser o lugar onde tantos sonhos sonhou.
Eu te agradeço por todos os segundos vividos,
Pelas vezes em que andamos até o infinito,
E por todos os beijos que ainda o tempo não apagou.
Pelas risadas e tantas boas conversas
E pelas flores que antes da primavera você buscou.
Também tudo que aprendi e por cantar ao meu ouvido.
Eu te perdôo também por ter partido,
E ter feito tudo sem sentido
Desde o dia em que me deixou.
( Cáh Morandi )
Vagos pensamentos de Sicília II
Me incomoda esse frio de outono e principalmente esses cobertores em que me embrulho antes de dormir. Se não fosse o frio e tua ausência, me desvencilhava desses panos todos pra me perder e aquecer entre as curvas de teus braços. Numa noite como essa que passou, onde o vento soprava entre os vãos das janelas entreabertas, desejaria estar contigo nessa cama e sonhar antes mesmo que se fechem nossos olhos, segurar tua mão sempre tão serena entre o espaço quente no centro de meu peito e te falar qualquer coisa de absurdo pra escutar o som de tua risada no quarto escuro. E se pedisses com um beijo, eu te amaria antes de entrelaçar nossas pernas para descansar. Se é certo ou não, isso também não sei, mas não são somente em noites como essas que eu desejo que aqui estivesses.
Sicília*
Sicília*
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