maio 10, 2007

Já sabes
Nunca é tarde!
Nunca é vão
Ainda amar.
Já sabes,
Nunca é tarde!
Meu coração
Vai esperar.

Ainda batendo
Ainda gemendo
Teu nome.
Ainda esperando
Ainda cantando
Pra te ver chegar!

maio 09, 2007

A última vez que fui embora

Andamos a cidade inteira
Falando dessas coisas passageiras
Que a gente nem vê passar.
Naquelas ruas inúmeras, risadas tantas
Voltas e voltas sem chegar
A qualquer lugar.
Mas era bom, e me fez lembrar
Da minha mão em tua perna
Enquanto dirigias, enquanto dizias
Pra sempre me amar.
Esqueceu-se porém da verdade
Da onde irias me deixar...
Era onde eu embarcava,
Onde voltava pra casa
E deixava um banco vazio em meu lugar.

( Cáh Morandi )
Eu não sei
Se a ti me lancei.
Não sei se tu me levaste.
Mas que a entrega seja mutua.
E que eu me doe mais ainda.
E que nunca deixes de me envolver.
Porque agora eu olho pro céu de meu mundo
E ele está tão lindo, está tão limpo
Que se não fosse azul seria branco...
E eu me vejo um arco íris lá pintado
Para depois dar-te a mão para nele caminhar.

Fui Luz



Eu era toda escura
E você me fez luz.
Reluzi quase que o mundo.
E iluminei tua vida.
Um dia você foi
E eu brilhei mais um tanto
Para poderes me ver.
Certa vez minha luminosidade
Já não te alcançou mais.

Ainda me vês ?
Consegues ver-me brilhar ?
Ei! Volta teu olhar para mim!
Quanto mais te vais pra longe
Vou me apagando...
Apagando
Apagando
Como uma estrela no céu morrendo
Desaparecendo na imensidão.


( Cáh Morandi )

Fragmento de minha infância.



Eu deitava na terra na minha infância,
Não me preocupava se sujaria minha roupa
Nem se meus cabelos, por caso, estivessem despenteados.
Às vezes, quando os galhos das árvores tampavam o céu
Eu gostava de brincar de ver o sol entre as folhas
Imaginava que veria algo que não fosse os raios solares.
Depois eu corria, até cansar ou então até tropeçar em alguma coisa.
Meu pai dizia, ( e ainda o vejo falando )
Que os tombos eram conseqüência de meus pequeninos olhos.
E talvez o fossem,
Mas no fundo eu sabia que era minha cabeça que estava nas nuvens
( ela nunca esteve olhando para baixo. )
Eu tenho marcas de dias como esses que
São os arranhões cicatrizados em meus joelhos e braços
Que não latejam mais, porque o que dói hoje é saudade.
E o que me entristece é que as ameixas não tem mais o mesmo gosto.
Eu sei, elas continuam a mesma...
Fui eu que amarguei o paladar.
Que vontade que bateu de algum dia como criança poder voltar,
Pois dias como aqueles fazem tempo...
Dias como aqueles fazem falta!

( Cáh Morandi )


A Dança Noturna




Noite,
É tarde dessa noite tão estrelada!
Como me faz falta te ter pra dançar
Na madrugada fria e calada
Que me lembra de te chamar.


Acordo, devagarzinho
E coloco bem baixinho
A nossa música,
Te chego de mansinho
Te dou um carinho
E te chamo com um beijo
Pra saciar todo o meu desejo
Dessa noite contigo dançar.


Sentir tuas mãos calmas
Na minha cintura,
Enquanto nossas almas
Dançam com desenvoltura,
Encostar minha cabeça com a tua
E em teus braços nua
Pelo quarto a bailar.


Como dois eternos
Me lanço nesse momento terno
Jurando para sempre te amar!
Dança minha Inspiração
Porque tens em tua mão
Meu destino que te cedo
Esquece todo medo
E vem nessa noite
Comigo dançar.

( Cáh Morandi )

maio 08, 2007

Tarde Fria


Que tarde fria e chuva fina que agora cai
Me deu vontade de pedir para que venhas
Para deitar onde escuta tua alma em meu peito
Ouvindo a canção que ele canta quando estás por perto.
Estou tão fria quanto esse tempo, mas no demais
Tão esperançosa como a terra que recebe essa chuva.
Estou vendo a semente brotando em meu coração
Porque também recebo o alimento que me doas.
Que tarde fria, que chuva gelada que insiste!
Mas se estivesses aqui agora
Não hesitaria em te levar lá fora e nos molhar.
Não negaria uma dança nessa tarde de outono.
Não pensaria se eu pudesse na grama te amar.
E nem precisas pensar em como é gelado esse dia
Em mim há uma chama que arde
E que partilharia pra poder te aquecer.

( Cáh Morandi )

Saberemos


Falas assim como se vivesse nos sonhos
...Como se pudesse a qualquer a hora!
Tens qualquer coisa de absurdo,
E é isso que desnorteou meu rumo.
Tenho guardado o beijo que te deixaria mudo
... Eu receberia a tua voz em meus lábios.
Já sabes dos meus olhos castanhos pequenos
Já sabe das noites frias e vãs em que vivemos...
Tens o dom do artesão, e ainda que não creias
Modelaras tantas vezes meu corpo em tuas mãos.
Eu estou com medo que me estranhes
Porque eu sou tão pequena,
E Tu és tão infinito e vasto
Que não me surpreende que comportas o mundo.

( Cáh Morandi )

(A) voar.



Estou leve
Quase azul!
Me ensinaste o vôo
Me pusestes asas
E meus pés agora
Só querem caminhar em nuvens!
Como conseguiste me encantar ?
Nem vi teus olhos,
Mas sei que é ali que encontro a mim mesma.
Nem beijei teus lábios,
E sei que são mais doces que o puro mel.
Agora assim eu ando flutuando...
Eu me pego em ti pensando,
E meu pensamento agora fica no espaço,
Espaço vão e infinito do azul que pinta o céu!
Estou leve, estou voando pelo ar
Quero ser esse azul do céu que dá cor ao mar...

( Cáh Morandi )

Virou botão!


.c
..a
...i
....u
a pétala da flor.
Outono!
Uma
A
Uma
.d
..e
...i
....t
.....o
......u
Sobre o chão.
A flor não era mais flor!
A flor virou botão.

( Cáh Morandi )

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