maio 03, 2007

Jogada ao vento IV



Ele ficou na calçada
Mão no bolso,
Outra nos lábios.
Pensou, deve ter hesitado.
Entrei no carro,
Virei a esquina.
Lá estava ele parado.
Dei o ultimo adeus
Através do vidro abaixado.
Ele sorriu.
Eu chorei.
E foi assim,
Sem um certo fim
Que terminou meu grande amor.
Numa noite de domingo.
E o dia que havia sido tão lindo
Me lembra uma grande dor.

( Cáh Morandi )


maio 02, 2007

Posso te esperar


Eu posso te esperar,
Eu não tenho pressa,
Eu tenho a reza
De um dia te ver chegar.
Eu posso te esperar,
Não há busca de um novo amor,
Espero para ires onde for
E para viver a minha vida com a tua.
Eu posso te esperar,
Tenho ainda muitos dias pra te dar
Tenho ainda minha poesia pra te encantar
E te fazer feliz a todo tempo.
Eu posso te esperar,
Pois a espera de quem se ama nunca é vã
Sei que irei acordar ao teu lado muitas manhãs
E sussurrar baixinho o quanto te amo.
Eu posso te esperar...
( ...eu vou te esperar. )
Por mais um instante,
Por todas as vidas,
Até o dia que chegares.

abril 30, 2007

abril 27, 2007

Jogada ao vento III


Hoje não tem rima,
Nem gramática,
Mas essas palavras
Tem cor,
( aquarela )
Tem cheiro,
( natureza ).
Tem gosto
( teu paladar.)

Acordei assim.
( saudosa )
Sentindo uma vontade
( teu beijo )
E vim dizer-te
( te amo )
Do sentimento eterno
( e tanto )


.

.



.

abril 26, 2007

Mãos (in) quietas


Bailavam minhas mãos no ar
Inquietas. Tensas.
Procuravam na cama desfeita
Teu corpo. Sereno.
Guardavam ainda teu cheiro
De lírios. Colhidos.
Convidavam teus lábios para um momento
De Ternura. Encanto.
Desejo, tinham, de modelar teu rosto
E senti-lo. Tão doce.
Artesãs de um sonho vivido de
Sentir. Teu corpo.
...e tocar tua alma.


( Cáh Morandi )

.
*

abril 25, 2007

Joaninha



A joaninha
Pequeninha
Bateu as asinhas
e vôou da minha mão.


Joaninha,
Vermelhinha
Que gracinha
Na imensidão



abril 24, 2007

Jogada ao vento II

Não sei porque foi embora
São altas horas,
E tudo que lhe dei foi amor.
Não sei porque foi embora
Podias vir agora
E me amar até morrer ?
Podias beijar-me mais um tanto
Minha boca, meu corpo estão clamando
Para que retornes.
Para que os toque.
Para que os ame.
.

Exausto




Suas mãos estão cansadas
De tantas madrugadas
Desenhar contra as estrelas
O contorno de meus lábios.

Ele dorme e sonha tão doce
Pensa na vida como se fosse
Eterna pra quem imagina,
Mas não vive o amor.

Seu corpo já exausto e cansado
Desses anos que por ele tem passado
Assim mesmo recusou meu abraço
Que o aqueceria para sempre.

Que lindo seria meu príncipe encantado
Se acordasses até o fim dos dias ao meu lado
E encontrasses sobre a cama
Mais que meu corpo, minha alma tua.

Minha alma nua,
Minha vida e a sua
E amanheceria poesia
Nas manhãs.


( Cáh Morandi )


Veleiro




Brilho intenso do sol naquele fim de tarde
O mar sereno, molhando meus pés pequenos
Devorando a areia de grão em grão.
Os raios solares enfraqueciam devagarzinho
Na medida que cada vez mais baixinho
Eu cantava nossa canção.
No chão conchinhas quebradas
Assemelhavam-se com minhas memórias jogadas
Recordando a mesma paixão.
Quebravam as ondas nas firmes rochas
E a brisa que era tão nossa
Não veio pra me abraçar.
E eu penso poder bordar na água
Como bordaria num pedacinho de algodão
Um barco veleiro, com destino certeiro
Navegaria com ele até o teu coração.

( Cáh Morandi )

Jogada ao vento



Peito aberto,
Sentimento incerto
Por ti ficou.
Já tive outros lábios
E foram menos amargos que os teus.
Descobri outras mãos tão quentes
Tiveram força mais latente
Do que quando me abraçou.
Não digo mais nada
Vou seguir minha estrada
Já que me deixaste sozinha.
E essa dor em meu coração
Um dia passa, um dia sara
A ferida que você causou.
O tempo passa, e é certo que acalma
Dentro de mim o teu amor.



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