abril 16, 2007

Parceria com Cris



Amor em flor exala

(Cris Poesia e Cáh Morandi)


Sinto um aroma de flores no ar...
Sinto que vai passar
Exalam o perfume que vem de ti.
Me pego a sorrir, na esperança que vais surgir..
Entre os campos verdes, em uma tardinha
Minha alma de encontro a tua caminha.
Vem de mansinho fazer-me carinhos.
Em mim roçar,quero-te amar....
Na terra, nessa primavera, em qualquer estação.
Sem medo e inteira, na manhã derradeira, me entregar..
Sem rodeios,me leia em segredo..
Desvenda-me,cubra-me de ardentes beijos.
Cada parte do meu ser, saboreie calmamente
Como fruta, como flor, porque sou tua amor
Com toques suaves, inimagináveis...
Distrai-me com ritmo,de ti necessito..
Dança meu corpo grudado no teu
Soa no prazer dessa entrega sedenta
Dentro de mim,delírio sem fim...
Pelas entranhas,com força tamanha...
Eu grito, é mais que pecado cometido
Mais forte me segure, ainda mais o desejo perdure
Me abraça me laça..Suor despudora.Se instala,aflora...
Sem justa causa me entrego ao delirio.
Com tamanha sede, com vontade eu suplico.
Goza, sem fim, exala, verte, nesse jardim
No passar dessa hora, desnudos
Enquanto surge a aurora.
Fazendo-me viajar percorra-me sem parar...
Freneticamente, tu és meu presente
Da vida, vindo dos sonhos
Pra sempre!


(14/04/2007)

abril 15, 2007

Desabafando



Madrugada


São exatamente 01:35h da madrugada do dia 15 de abril de 2007, acabo de chegar em casa, um frio cortante lá fora, ainda mais hoje que resolvi passear de moto. Deitada agora de bruços em minha cama, apenas vestida com alguma peça intima, precisei escrever antes que me fuja o pensamento e eu desista.

Devo ser mesmo um ser inundado de sentimento, eu tenho em mim algo maior que o universo. Eu tenho a dor de tua ausência. No tudo que sou e sabia que era, sou absolutamente nada. Eu tinha todos os planos e sonhos certos, eu ainda me tinha domínio. Mas me apaixonei. Amei, amei, amei sem medida, mais do que qualquer humano nessa vida. E por amar demais agora não tenho meu amado, nem os sonhos, nem os planos, a alegria de minhas poesias.

Tudo que tenho hoje é esse papel que escrevo, essa dor em meu peito, e essa noite escura e gelada lá fora. Quanto ao homem que amo não sei, mas espero que em madrugadas assim tão frias ele tenha alguém pra aquecer seu corpo, alguém para abraça-lo enquanto dorme, e que o beije assim que acorde e se entregue toda vez que ele queira fazer amor, afinal amanhã é domingo, e sei que ele precisa de carinho e de boa companhia para conversar; talvez a leve num passeio e depois descansem juntos no meio da tarde. E tomara que ela fique contigo meu querido, porque sempre quando fui pra ti, meu vôo de retorno já estava marcado, mesmo eu nunca querendo ir embora. Mesmo tudo que desejei era permanecer ao teu lado.


Essa noite está tão fria, e eu me culpo por não suficiente ter te amado.


Navegantes, 15 de abril de 2007.
..

abril 13, 2007

Lá Dentro




Imagina como é morar alguém em teu coração
Aonde ali fica a casa de teu amor ?
Pensa na pessoa que vive longe
E vê como dispara ele em teu peito.
Estranho carregar alguém dentro de si
Sem peso, sem se cansar.
Desconfio eu,
Ser um grande mistério
Da onde nasce e morre a vida.
Nessa casa, sem porta ou janela
Pintada de um vermelho forte
Pulsando sem cessar
Feita de carne (ou de sentimento?)
É onde depositamos nosso maior tesouro
O mais forte, mais rico, mais valioso.
Ali é o ponto de encontro das almas
... teu coração.
Carregas teu mundo, e recebes outro
... dentro de ti.

(O coração é onde mora o infinito.)

( Cáh Morandi )

abril 12, 2007

Deságua a minh’alma




Não quero pensar no amor como algo passageiro
Temos sorrisos e beijos, temos abraços e desejos
Que ocupam maior parte de nossas lembranças.
Lembra da minha alma caminhando com a tua
Lembra das loucuras que riamos na noite escura
Lembra que disses nunca me esquecer...
A vida, é tão única
A vida, meu amor, não acontece mais..
E como posso eu partir, sem amar-te jamais ?
Como podes pensar que devo achar outro amor
Se um dia te jurei fidelidade em pertencer-te ?
Lembra de quando dormíamos abraçados
Lembra de como te fazia bem estar ao meu lado
Lembra da nossa música, que cantavas e eu de olhos fechados.
Eu nunca poderia ir embora, eu nunca poderia te deixar
Pra onde vai alguém longe de quem amar ?
Se sentes essa poesia e ela te trouxe nostalgia de nós dois
Não demora, assim que a leres seja qual for a hora
Me ligue sem demora e diga que me queres,
Esquece esses teus medos e não esqueça do segredo que te contei:
Que serás sempre meu Rei,
E eu tua Natureza eterna.


( Cáh Morandi )

Por Fim



E quando por fim, se sentires só
Pensa que não tivesses pena nem dó
Ao deixar pra trás minha companhia
E agora na noite calada que te encontras
Lê esse verso de palavras prontas
E pensa no tanto que te desejei.
Vai deitar meu principezinho
Na ausência do meu corpo e carinho
E lembra das noites em que te amei.
E quando sonhares, lá te esperarei
Ainda inteira, ainda tua como jurei
Mas se for dia e acordares
E por não me aceitares quando pedi
Terás que esperar outra noite chegar
Para então, nos sonhos, poderes me ver.

( Cáh Morandi )

Cansaço



Imenso abismo entre essa varanda e o chão
Sentada, calada, pernas cruzadas e sobre elas minhas mãos.
Pensamento vagando sem tino lembrando de um alguém
Chorava e gemia baixinho para que não ouvisse ninguém

O mar batia calmo e o vento já esfriava meu corpo ainda molhado
A areia se movia como todos os meus lindos desejos sonhados
Abracei-me sozinha enquanto o sol rei ia se pondo
Sumindo no infinito parecendo comigo quando me escondo.

Foi breve, e tudo na vida ainda nasce
As flores, as estações, as esperanças.
E tão jovem ainda eu, tão sonhadora
Estou cansada.


( Cáh Morandi )

abril 11, 2007

Lembra-te


Lembra da madrugada, minha Inspiração
Da fome aplacada, eu no teu corpo colada
Tanto, que batia no meu peito o teu coração.
Sente ainda teus dedos percorrem meu corpo
Descobrindo até minh’alma, tuas mãos sempre calmas
Despertando e me levando a um desejo louco.
Apertavas minha cintura como se nunca me deixarias partir,
E aquele beijo molhado, tinha o gosto do prazer exalado
E eu fui tua nessa vida mais que qualquer mulher.
Nossos corpos suados, deitados lado a lado
Depois de corrompidos do pecado
Em vez de expulsos, entravamos no paraíso.
Ousei que fosse eterna aquela madrugada.
Permita que eu acorde em teus braços como tua amada
E prometa que faremos de nossas noites todas assim...
As estrelas com mais intensidade iriam brilhar
E a lua, quem sabe, se esqueceria de deitar
Pra que tu ficasses mais um pouco dentro de mim.


( Cáh Morandi )


Um altar


Eu tenho um amor em mim que nunca irá morrer
Dentro do meu coração eu fiz um altar pra ele habite
E se passarão anos, e nascerão novos sonhos
E ali permanece meu amor.
E ainda que partas e nunca mais cante nossa música
Ainda que não pesarás mais teu corpo sobre o meu
E que não me amarás mais a carne olhando em meus olhos.
Ali permanece meu amor.
Vai que esqueças que um dia fui tua Natureza
Ainda que penses que o melhor seria ir embora
Como não lembrarás de me ver sorrir ?
Não vai te fazer falta não me ter para abraçar ao dormir ?
Ali permanece meu amor.
Na minha poesia, na tristeza e em minha alegria,
Nos olhos teus, quando disses adeus, quando ousares partir,
Quando ver tua imagem refletida no espelho,
Quando dormires e me encontrares nos sonhos,
Na caneta que eu te dei jogada sobre a mesa.
Ali permanece meu amor.
No teu íntimo mais guardado, em cada segundo passado,
No noite calada, na cadeira vaga da sala de jantar,
Triste, sozinho, sei que te falta meu carinho
Toma-me em tua vida, e deixe que passem os pensamentos
Serei pra ti o que desejares, sonhares e quiseres!

Eu fiz em meu coração um altar,
Ali onde permanece meu amor
Até quando o vieres buscar.


( Cáh Morandi )

abril 10, 2007

Tarde



Que ainda não seja tarde quando me queiras
Que eu já não tenha partido para outros braços
E que tenha ainda me preservado para ti.
Que não tenha se amargado meus beijos
E que continuem suaves minhas mãos.
Que no meu pensamento ainda haja uma lembrança tua
E que permaneça no meu corpo a falta do teu toque.
Que não seja tarde,
Demasiado tarde para dizeres que me amas.
E que não seja eterna minha espera
De ver-te voltar ao meu regaço.
Tarde amor, é tarde dessa noite fria
Deitada sozinha nessa cama vazia
Fazendo essa poesia de alma triste
Enquanto quase dormem as palavras em mim.


( Cáh Morandi )

Minha Prece de Amor


Senhor,
Hoje vou contar-te com as palavras certas
Tudo que sinto, mesmo que já saibas.
Pai, poderias me deixar sem alimento,
...Mas eu jamais morreria de fome.
Coloca-me em um deserto escaldante
...E não me entregaria eu de sede.
Lança-me amarrada no oceano
...Que assim mesmo não me afogaria.
Penetra em mim a doença sem cura
...Que te digo Deus, eu sobreviveria!
Joga-me numa caverna de gelo
...E ainda assim dormiria meu corpo quente.
Me conheces Senhor,
E sabes o porque te digo isso.
Pois não há nada mais que me fere,
Que me torture, que me falece.
Um dia morri de amor,
E só por ele eu suplicaria e me permitiria
Morrer tantas vezes mais.

“Encontrar o amor de verdade, é já morrer
E viver em eternidade.”

( Cáh Morandi )

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