abril 12, 2007

Deságua a minh’alma




Não quero pensar no amor como algo passageiro
Temos sorrisos e beijos, temos abraços e desejos
Que ocupam maior parte de nossas lembranças.
Lembra da minha alma caminhando com a tua
Lembra das loucuras que riamos na noite escura
Lembra que disses nunca me esquecer...
A vida, é tão única
A vida, meu amor, não acontece mais..
E como posso eu partir, sem amar-te jamais ?
Como podes pensar que devo achar outro amor
Se um dia te jurei fidelidade em pertencer-te ?
Lembra de quando dormíamos abraçados
Lembra de como te fazia bem estar ao meu lado
Lembra da nossa música, que cantavas e eu de olhos fechados.
Eu nunca poderia ir embora, eu nunca poderia te deixar
Pra onde vai alguém longe de quem amar ?
Se sentes essa poesia e ela te trouxe nostalgia de nós dois
Não demora, assim que a leres seja qual for a hora
Me ligue sem demora e diga que me queres,
Esquece esses teus medos e não esqueça do segredo que te contei:
Que serás sempre meu Rei,
E eu tua Natureza eterna.


( Cáh Morandi )

Por Fim



E quando por fim, se sentires só
Pensa que não tivesses pena nem dó
Ao deixar pra trás minha companhia
E agora na noite calada que te encontras
Lê esse verso de palavras prontas
E pensa no tanto que te desejei.
Vai deitar meu principezinho
Na ausência do meu corpo e carinho
E lembra das noites em que te amei.
E quando sonhares, lá te esperarei
Ainda inteira, ainda tua como jurei
Mas se for dia e acordares
E por não me aceitares quando pedi
Terás que esperar outra noite chegar
Para então, nos sonhos, poderes me ver.

( Cáh Morandi )

Cansaço



Imenso abismo entre essa varanda e o chão
Sentada, calada, pernas cruzadas e sobre elas minhas mãos.
Pensamento vagando sem tino lembrando de um alguém
Chorava e gemia baixinho para que não ouvisse ninguém

O mar batia calmo e o vento já esfriava meu corpo ainda molhado
A areia se movia como todos os meus lindos desejos sonhados
Abracei-me sozinha enquanto o sol rei ia se pondo
Sumindo no infinito parecendo comigo quando me escondo.

Foi breve, e tudo na vida ainda nasce
As flores, as estações, as esperanças.
E tão jovem ainda eu, tão sonhadora
Estou cansada.


( Cáh Morandi )

abril 11, 2007

Lembra-te


Lembra da madrugada, minha Inspiração
Da fome aplacada, eu no teu corpo colada
Tanto, que batia no meu peito o teu coração.
Sente ainda teus dedos percorrem meu corpo
Descobrindo até minh’alma, tuas mãos sempre calmas
Despertando e me levando a um desejo louco.
Apertavas minha cintura como se nunca me deixarias partir,
E aquele beijo molhado, tinha o gosto do prazer exalado
E eu fui tua nessa vida mais que qualquer mulher.
Nossos corpos suados, deitados lado a lado
Depois de corrompidos do pecado
Em vez de expulsos, entravamos no paraíso.
Ousei que fosse eterna aquela madrugada.
Permita que eu acorde em teus braços como tua amada
E prometa que faremos de nossas noites todas assim...
As estrelas com mais intensidade iriam brilhar
E a lua, quem sabe, se esqueceria de deitar
Pra que tu ficasses mais um pouco dentro de mim.


( Cáh Morandi )


Um altar


Eu tenho um amor em mim que nunca irá morrer
Dentro do meu coração eu fiz um altar pra ele habite
E se passarão anos, e nascerão novos sonhos
E ali permanece meu amor.
E ainda que partas e nunca mais cante nossa música
Ainda que não pesarás mais teu corpo sobre o meu
E que não me amarás mais a carne olhando em meus olhos.
Ali permanece meu amor.
Vai que esqueças que um dia fui tua Natureza
Ainda que penses que o melhor seria ir embora
Como não lembrarás de me ver sorrir ?
Não vai te fazer falta não me ter para abraçar ao dormir ?
Ali permanece meu amor.
Na minha poesia, na tristeza e em minha alegria,
Nos olhos teus, quando disses adeus, quando ousares partir,
Quando ver tua imagem refletida no espelho,
Quando dormires e me encontrares nos sonhos,
Na caneta que eu te dei jogada sobre a mesa.
Ali permanece meu amor.
No teu íntimo mais guardado, em cada segundo passado,
No noite calada, na cadeira vaga da sala de jantar,
Triste, sozinho, sei que te falta meu carinho
Toma-me em tua vida, e deixe que passem os pensamentos
Serei pra ti o que desejares, sonhares e quiseres!

Eu fiz em meu coração um altar,
Ali onde permanece meu amor
Até quando o vieres buscar.


( Cáh Morandi )

abril 10, 2007

Tarde



Que ainda não seja tarde quando me queiras
Que eu já não tenha partido para outros braços
E que tenha ainda me preservado para ti.
Que não tenha se amargado meus beijos
E que continuem suaves minhas mãos.
Que no meu pensamento ainda haja uma lembrança tua
E que permaneça no meu corpo a falta do teu toque.
Que não seja tarde,
Demasiado tarde para dizeres que me amas.
E que não seja eterna minha espera
De ver-te voltar ao meu regaço.
Tarde amor, é tarde dessa noite fria
Deitada sozinha nessa cama vazia
Fazendo essa poesia de alma triste
Enquanto quase dormem as palavras em mim.


( Cáh Morandi )

Minha Prece de Amor


Senhor,
Hoje vou contar-te com as palavras certas
Tudo que sinto, mesmo que já saibas.
Pai, poderias me deixar sem alimento,
...Mas eu jamais morreria de fome.
Coloca-me em um deserto escaldante
...E não me entregaria eu de sede.
Lança-me amarrada no oceano
...Que assim mesmo não me afogaria.
Penetra em mim a doença sem cura
...Que te digo Deus, eu sobreviveria!
Joga-me numa caverna de gelo
...E ainda assim dormiria meu corpo quente.
Me conheces Senhor,
E sabes o porque te digo isso.
Pois não há nada mais que me fere,
Que me torture, que me falece.
Um dia morri de amor,
E só por ele eu suplicaria e me permitiria
Morrer tantas vezes mais.

“Encontrar o amor de verdade, é já morrer
E viver em eternidade.”

( Cáh Morandi )

Dolor (ida).


Lateja mais forte.
Rasga-me mais um pouco o peito.
Fere-me no mais intimo.
Bebe a sede de meus lábios vorazes.
Aperta mais abruptamente meu corpo no teu.
Afasta-se mais diante de minha vontade.
Chega mais perto quando não te desejo.
Lança em mim mais do teu veneno faminto.
Acaba mais um pouco do meu coração que é teu.
Proíba-me que eu sonhe com teu sexo.
Mói-me. Come-me. Suga-me.
Receba meu delírio de querer-te,
...Alegra-me sofrer por teu amor.


(Pois a dor eterna que me invade
É a infinidade do sentimento que te ofereço.)

Cáh Morandi

abril 06, 2007

Caminho de ir embora


Eu passava sempre por aquele caminho
Não que ele fosse a minha rota,
Mas eu gostava de passar por ele
Lembrava-me aquela rua
A vontade que eu tinha de ir embora.
Desconfiava eu toda vez que ali passava
Que estive terminando a longa espera
E que logo eu poderia partir.
Incontáveis vezes fiz esse trajeto
Mas sempre morei por perto
E ainda embora não consegui ir.
Naquela rua permanece meu sonho viajante
Que espero um dia não ser mais sonho
Verdade será quando dela eu estiver distante.

( Cáh Morandi )

Quando, é!


Quando me amas, quando me inundas
Quando penetras meu corpo e alma ardentes
É quase um delírio tocar assim desvairadamente
Quando me invades, quando me deitas
Quando pesas teu ser sobre o meu
É mais que desejo, ato de um amor ateu
Quando me devoras, quando me saboreias
Quando se mistura o suor do nosso momento
É algo mais profundo, mais confuso que qualquer sentimento
Quando me bebes, quando me tocas
Quando deixa tudo de ti a mim pertencer
É quase um amor não dito querendo romper
Quando me queres, quando me desejas
Quando adoras cada parte de minha nudez
É mais que instinto, traça-me sem alguma sensatez
Quando sou tua, quando és meu
Quando perdemos a noção do tempo, como agora
É tempo de sermos eternos, amar além da hora.

( Cáh Morandi )

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