abril 10, 2007

Minha Prece de Amor


Senhor,
Hoje vou contar-te com as palavras certas
Tudo que sinto, mesmo que já saibas.
Pai, poderias me deixar sem alimento,
...Mas eu jamais morreria de fome.
Coloca-me em um deserto escaldante
...E não me entregaria eu de sede.
Lança-me amarrada no oceano
...Que assim mesmo não me afogaria.
Penetra em mim a doença sem cura
...Que te digo Deus, eu sobreviveria!
Joga-me numa caverna de gelo
...E ainda assim dormiria meu corpo quente.
Me conheces Senhor,
E sabes o porque te digo isso.
Pois não há nada mais que me fere,
Que me torture, que me falece.
Um dia morri de amor,
E só por ele eu suplicaria e me permitiria
Morrer tantas vezes mais.

“Encontrar o amor de verdade, é já morrer
E viver em eternidade.”

( Cáh Morandi )

Dolor (ida).


Lateja mais forte.
Rasga-me mais um pouco o peito.
Fere-me no mais intimo.
Bebe a sede de meus lábios vorazes.
Aperta mais abruptamente meu corpo no teu.
Afasta-se mais diante de minha vontade.
Chega mais perto quando não te desejo.
Lança em mim mais do teu veneno faminto.
Acaba mais um pouco do meu coração que é teu.
Proíba-me que eu sonhe com teu sexo.
Mói-me. Come-me. Suga-me.
Receba meu delírio de querer-te,
...Alegra-me sofrer por teu amor.


(Pois a dor eterna que me invade
É a infinidade do sentimento que te ofereço.)

Cáh Morandi

abril 06, 2007

Caminho de ir embora


Eu passava sempre por aquele caminho
Não que ele fosse a minha rota,
Mas eu gostava de passar por ele
Lembrava-me aquela rua
A vontade que eu tinha de ir embora.
Desconfiava eu toda vez que ali passava
Que estive terminando a longa espera
E que logo eu poderia partir.
Incontáveis vezes fiz esse trajeto
Mas sempre morei por perto
E ainda embora não consegui ir.
Naquela rua permanece meu sonho viajante
Que espero um dia não ser mais sonho
Verdade será quando dela eu estiver distante.

( Cáh Morandi )

Quando, é!


Quando me amas, quando me inundas
Quando penetras meu corpo e alma ardentes
É quase um delírio tocar assim desvairadamente
Quando me invades, quando me deitas
Quando pesas teu ser sobre o meu
É mais que desejo, ato de um amor ateu
Quando me devoras, quando me saboreias
Quando se mistura o suor do nosso momento
É algo mais profundo, mais confuso que qualquer sentimento
Quando me bebes, quando me tocas
Quando deixa tudo de ti a mim pertencer
É quase um amor não dito querendo romper
Quando me queres, quando me desejas
Quando adoras cada parte de minha nudez
É mais que instinto, traça-me sem alguma sensatez
Quando sou tua, quando és meu
Quando perdemos a noção do tempo, como agora
É tempo de sermos eternos, amar além da hora.

( Cáh Morandi )

Quero fazer-te uma jura



Quero te fazer uma jura
Jura de amor eterno
Hei de amar-te além da vida.
Hei de amar-te além do amor.
Te farei único em meus versos.
Te serei única nesse universo.
Beijos que sejam doces e eternos.
Abraços que sejam quentes e ternos.
Meu corpo que receberá sempre teu corpo.
E minha mão que necessitará sempre da tua
Prometo dar-te até a lua
Se me quiseres como teu amor.
Serei carinho, serei desejo
Farei para ti todo cortejo
Como Príncipe te escolhi.

Quero te fazer uma jura
Jura de amor eterno
E pertencer somente a ti.

( Cáh Morandi )

abril 05, 2007

Indo Embora



Tchau amor, to indo embora.
Vou-me embora de ti, vou-me embora da tua vida
...vou-me embora do teu coração!
Deixo-te estas palavras de adeus
e as chaves que te roubei para poder entrar no teu peito.
Desculpe se estraguei alguma coisa.
... se te pesei.
... se te cansei.
... se entrei sem pedir.
... se te amei.
Vai ser livre, em paz.
(como sempre fostes, mesmo comigo)
Agora, então, te deixo,
Receba um abraço sem fim
E um eterno beijo
De quem sempre te quis.
Mas não penses em voltar
Se por acaso não achar
Um amor tão puro e imenso quanto o meu.
Mas se não quiseres que eu me vá
Tente ainda hoje me falar
Que me amas para sempre.
Ai que sabe eu fique contente
E não precise partir,
No fundo sabes,meu amor
.... eu nunca quis ir.


( Cáh Morandi )

Mar em Mim

Em uma tarde que chovia água do céu
Também choveu lágrimas dos meus olhos.
O mar nasceu da chuva,
O amor nasceu da lágrima.
Inundou a rua de água.
Inundou meu ser de sentimento.
Horas chovia lá fora.
Chovia sempre aqui dentro.
Tinha o tamanho do oceano
Mas cabia tudo dentro do meu peito.
E esse tempo que só chove.
E se não chove, fecha.
E se não fecha, é noite.
Lembro-me do sol, às vezes.
Procurei estrelas, sem vê-las.
Mar.
O mar do amor em mim.

( Cáh Morandi )

Breve


O tempo invade minha alma.
Injusto é com a vida de quem ama.
Separa por anos os amores.
Com um olhar, apaixona-se num segundo.
Tão louca nessa espera da eternidade.
Escapa-me nas mãos as vagas horas
Minutos que conto pra ver quem me alegra.
O tempo não nos perdoou.
Eu cá, você lá.
Opostos de uma linha.
TEMPO.
Castigo para meu coração.
TEMPO.
Que sejas breve
...como meu amor.

( Cáh Morandi )

Girassóis


Girassóis,
Quem dera ser como eles
Ser flor, jardineiro, para que me veles
Girassóis,
Mesmo quando as nuvens encobrem o astro Rei
Eles acompanham e se curvam, um amor que não sei
Girassóis,
Se eu tivesse pra quem poder me doar
E mais do que tudo, alguém que pudesse amar
Eu seria tão lindo quanto vocês.
Girassóis,
Se minhas tardes não fossem tão frias nesse verão
Quem sabe mais do que poesia, ofereceria uma canção
Pra falar do quanto são belos.
Girassóis,
Pra onde sigo eu, que nem Sol, nem seta tenho pra me guiar
Eu que não sou flor, nem bela, só trago esse vago olhar ?
Girassóis,
Girem, girem para seu amor olhar.
Poetisa,
Sonha, sonha com quem amar.


( Cáh Morandi )
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Amor que não existe



Me consome esse cansaço do amor ausente
Corroi-me, fadiga-me, exausta-me...
Amor sem palavras. Amor sem carinho.
Acordei fazendo poesias para meu amado
Dançando músicas e contando fados
Beijei seu corpo inteiro
Entreguei-lhe a alma como presente
Segurei suas mãos frias em minhas quentes
Ah, pequeno Amor que me rendo
Eu tinha os sonhos mais lindos
Eu tinha as palavras tão certas
Tinha eu, sentimento mais puro
Pena que não queres,
Pena que não basto,
Pena que não me assumes como tua
Dói-me,
Que não me ames.

( Cáh Morandi )

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