fevereiro 23, 2007

Um Corte


Pensei que amar era a coisa mais importante.
Mas se não se tem a quem amar ,
Do que vale um sentimento tão cortante ?
Porque corta, sim,
Corta a alma e os dias,
De vez em quando até a alegria
Que se sente em amar.
E se eu pudesse escolher,
Um amor pra quem viver,
Não queria me cortar.
Se eu pudesse ter uma boca pra beijar
Queria entre muitas,
O meu lábio num príncipe encostar.
Mas amor, nessa vida, não tem rima
E um amor que meu peito não comprima
Eu sei que não vou achar.

Dorzinha no Peito

Dorzinha no peito
Ou é amor ou é saudade
Que me consome e invade
Nessas tardes tão vazias
Quem dera que minhas mãos frias
Tivessem um pouco de teu calor.
E que houvesse em minha boca
Outro gosto que não fosse teu sabor.
Mas é amor ou é saudade
Que dói e que me confunde.
Deus, de certeza meu peito inunde,
Pra que eu não sofra de duvidar
Ou é amor ou é saudade
E eu descobri que tenho os dois:
Amor eu sou toda quando estou perto de ti
Saudade é todo vazio que sou
Quando não estás aqui.


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De uma vontade



Deita meu amor,
Deita no meu colo e deixa ali tua tristeza.
Deita como se deitasse em mim para sempre.

Descansa teu corpo sobre o meu.
Repousa tua cabeça em minhas pernas.
E sonha com os dias que seremos eternos.
Deita meu amor,
Que agora eu cuido de teu caminho,
Te deixa aqui em meus braços
E dorme, porque velarei teu sono.
Quando acordares estarei cantando
a canção de nosso dias.
Te segurarei firme contra meu peito.
Te darei o beijo que sempre anseio.
Meu Pequeno, meu Príncipe.

Deita meu amor,
Deita no meu colo e deixa ali tua tristeza.
Deita como se deitasse em mim ...para sempre.
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fevereiro 21, 2007




Hoje acordei com uma vontade
De um abraço, de um beijo
Eu hoje acordei com saudade.
Do teu corpo, e do teu cheiro
Da minha alma se entregando
Com a tua por inteiro.

fevereiro 17, 2007


É. Algumas vezes eu me fiz essa pergunta: Carine Morandi, quem tu és? Foi um susto observar que com freqüência mudavam as respostas. O que sei, por enquanto, é que ando me descobrindo. Sou a paixão pela fotografia. Sou uma poesia que surge a qualquer momento. Sou a Natureza de um Príncipe. Sou a vontade uma dança, sou o riso que se perde num olhar. Sou a saudade abafada de um amor. Vez em quando eu tenho medo, vez em quando sou guerreira. Sou o choro que chega de mansinho. Hoje, aqui escrevendo, sou a recordação de um bom momento. Mas revelar-se , assim por inteiro, ninguém seria capaz. Se eu soubesse por um único instante quem eu sou de verdade provavelmente me decepcionaria. To vivendo com o que eu tenho: meus pensamentos, umas palavras perdidas e a esperança que surge de um lugar qualquer. Sou tudo o que me falta. Sou tudo o que eu não tenho. Tem dias que eu gostaria de ser um grito.Também sou o que desejo: um abraço e um beijo do meu príncipe. Uma noite de amor. Devo ter em mim algum vestígio de fé. Do mais tenho certeza: que nenhuma beleza tenho, que o que trago são versos e um coração sagrando, e o que levo é uma saudade de um não sei o quê.

fevereiro 16, 2007


Príncipe, pequenino
Que para sempre quero ter
Vim aqui fazer essa rima
Pois um segredo tenho para dizer:
Que hoje o dia nasceu lindo
Só porque eu tenho você.


Cáh Morandi
16 de fevereiro de 2007.
09:07h.

fevereiro 15, 2007

Príncipe, pequenino
De alma tão grande
E olhos de menino
Medo pra quê ?
Tanta coisa errada nesse mundo
Não seria lindo eu e você ?
Se bate mais forte o coração
Deixa-te dormir em meu peito
Segure para sempre minha mão
E quando o mundo se virar para nos ver
Vou me jogar em teus braços
E tão cheia de vontade beijar você.

fevereiro 14, 2007


De vez em quando eu tenho meus surtos, e dá vontade de gritar para o mundo essas coisas que gente sente doer no peito. Essas coisas que nem sei o nome, porque de tantas me confunde e eu não sei bem certo o que sinto... As vezes de noite, como quando a gente acorda de um sonho, me levanto e me sento na cama e fito meus olhos na paisagem que se esconde atrás da cortina transparente e do vidro... E entre as frestas da parede e da janela, por aquele pequenino espaço, já senti tantas vezes minha alma passar. Minha alma vooa para um lugar que meus olhos ainda não viram, e só quando ela volta, às vezes mais gelada, as vezes mais calma, é que consigo dormir. Quanto ao meu corpo, sempre foi essa massa feia e fria. Sempre tive esses cabelos cacheados e que se enrolam ainda mais com o vento, sempre tive essas mãos sem calor, esse sorriso forçado, esse olhar vazio... De vez em quando eu tenho meus surtos... De vez em quando eu sinto uma saudade de um não sei o quê, mas que lateja, Ah Deus, como lateja dentro de mim.Desconfio querer ter a mesma paz e a mesma vontade que tem a minha alma quando voa pela janela.

O Poema que era doce



Dedicada a Roseli Fagoni


Se a doçura e a sinceridade
Em algum lugar pudessem habitar
Era na vida e nas palavras tuas
Que elas iriam estar
É que Deus quando te criou
De certa forma exagerou
De tanta bondade a exalar
O sorriso que esbanja
E a verdade que de ti emana
Souberam me encantar
Eu que nem poesia sei fazer
Quis alguma coisa te oferecer
Retribuindo a amizade a me dar
Se diz que emociona quando me lês
É que vez em quando saio da sensatez
E deixo minh’alma para o mundo gritar
Eu que nem sabia o valor único da amizade
Encontrei , quem diria, numa comunidade
A amiga mais confidente para meus segredos partilhar.
Se eu pudesse no céu iria uma estrela buscar
Mas como coisas impossíveis não posso te dar
Peço a Deus para tua vida com carinho guardar.
E toda noite quando fizer minha oração
Eu lembrarei do teu nobre coração
E nele terei onde minha vida espelhar.
Como poeta nada de riqueza tenho para te oferecer,
Mas das palavras que sempre souberam me render
Agradeço por na minha você estar.
Por meu caminho iluminar,
Pelas palavras certas que tens... quando eu precisar.


Cáh Morandi

fevereiro 13, 2007

Dom


Dedicada á Fernando Febá

Dom.
Isso é o que tens com as palavras.
As joga de um lado pelo outro.
As ordena. As possuis.
Dá a elas o ritmo necessário.
A doçura que seduz.
A sinceridade que exigem.
E sei que quando danças,
Faz dos versos a melodia preferida.
Sei que quando choras,
Foi das palavras tristonhas que lembras-te.
E quando sorri, assim, meio que a toa,
É porque um soneto lembrou-te um sorriso.
Oras, veja, um encantador de palavras !
E que dela, diz, inventou poesias.
Poesias, poesias!
Das palavras a poesia.
Da poesia que me inspirasse!

Cáh Morandi

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