fevereiro 14, 2007


De vez em quando eu tenho meus surtos, e dá vontade de gritar para o mundo essas coisas que gente sente doer no peito. Essas coisas que nem sei o nome, porque de tantas me confunde e eu não sei bem certo o que sinto... As vezes de noite, como quando a gente acorda de um sonho, me levanto e me sento na cama e fito meus olhos na paisagem que se esconde atrás da cortina transparente e do vidro... E entre as frestas da parede e da janela, por aquele pequenino espaço, já senti tantas vezes minha alma passar. Minha alma vooa para um lugar que meus olhos ainda não viram, e só quando ela volta, às vezes mais gelada, as vezes mais calma, é que consigo dormir. Quanto ao meu corpo, sempre foi essa massa feia e fria. Sempre tive esses cabelos cacheados e que se enrolam ainda mais com o vento, sempre tive essas mãos sem calor, esse sorriso forçado, esse olhar vazio... De vez em quando eu tenho meus surtos... De vez em quando eu sinto uma saudade de um não sei o quê, mas que lateja, Ah Deus, como lateja dentro de mim.Desconfio querer ter a mesma paz e a mesma vontade que tem a minha alma quando voa pela janela.

O Poema que era doce



Dedicada a Roseli Fagoni


Se a doçura e a sinceridade
Em algum lugar pudessem habitar
Era na vida e nas palavras tuas
Que elas iriam estar
É que Deus quando te criou
De certa forma exagerou
De tanta bondade a exalar
O sorriso que esbanja
E a verdade que de ti emana
Souberam me encantar
Eu que nem poesia sei fazer
Quis alguma coisa te oferecer
Retribuindo a amizade a me dar
Se diz que emociona quando me lês
É que vez em quando saio da sensatez
E deixo minh’alma para o mundo gritar
Eu que nem sabia o valor único da amizade
Encontrei , quem diria, numa comunidade
A amiga mais confidente para meus segredos partilhar.
Se eu pudesse no céu iria uma estrela buscar
Mas como coisas impossíveis não posso te dar
Peço a Deus para tua vida com carinho guardar.
E toda noite quando fizer minha oração
Eu lembrarei do teu nobre coração
E nele terei onde minha vida espelhar.
Como poeta nada de riqueza tenho para te oferecer,
Mas das palavras que sempre souberam me render
Agradeço por na minha você estar.
Por meu caminho iluminar,
Pelas palavras certas que tens... quando eu precisar.


Cáh Morandi

fevereiro 13, 2007

Dom


Dedicada á Fernando Febá

Dom.
Isso é o que tens com as palavras.
As joga de um lado pelo outro.
As ordena. As possuis.
Dá a elas o ritmo necessário.
A doçura que seduz.
A sinceridade que exigem.
E sei que quando danças,
Faz dos versos a melodia preferida.
Sei que quando choras,
Foi das palavras tristonhas que lembras-te.
E quando sorri, assim, meio que a toa,
É porque um soneto lembrou-te um sorriso.
Oras, veja, um encantador de palavras !
E que dela, diz, inventou poesias.
Poesias, poesias!
Das palavras a poesia.
Da poesia que me inspirasse!

Cáh Morandi

Obrigado não é bem a palavra que eu queria lhe dizer.Eu queria poder encontrar outra forma de lhe falar o quanto você é importante para mim e um simples " Obrigado " não possibilitaria isso. Um dia eu vi a tristeza chegar de mansinho, o vento bater na janela, a chuva cair no telhado e eu tive medo! parecia que tudo a minha volta estava errado, que o mundo estava virado, eu não tinha mais aquela alegria de viver, que geralmente percebemos nos olhos das crianças. Então, eu te encontrei... e foi tão estranho porque você sempre esteve ali.. mas só então eu te senti ...e melhorei. Então o sorriso aos poucos foi ficando nos meus lábios, cada vez que eu te tinha do meu lado.

fevereiro 08, 2007




" Quem começa a entender o amor, a explicá-lo, a qualificá-lo e a quantificá-lo, já não está amando "
( Roberto Freire )

Sobre a Saudade



Só hoje descobri o que era a saudade,
Porque pela primeira vez eu soube que ela tinha teu cheiro;
Que saudade tinha o teu sorriso;
Saudade tem tuas palavras sussurrando em meus ouvidos.
Saudade tem o amor que bate no meu peito;
Saudade tem a mesma força de nossas mãos se dando;
... tem o mesmo calor que nossas almas se entregando;
Saudade tem a mesma voz da nossa música;
Saudade tem os mesmos lugares que nos amamos;
Saudade tem a mesma segurança do teu abraço.
Saudade tem os olhos brilhantes iguais aos teus.
Saudade tem o mesmo gosto dos vinhos de nossas noites.
... e a mesma fome dos nossos corpos a tarde.
Saudade tem o mesmo som de nossos risos;
Saudade tem a mesma estrutura do teu corpo;
Saudade tem a mesma vontade de nossos beijos;
Saudade tem a mesma firmeza do teu toque;
Saudade tem a mesma dor de quando tu some.
Saudade , eu descobri, tem o teu o nome.



Por Cáh Morandi, em 07 de fevereiro de 2007.
Pensando no Principe.

fevereiro 07, 2007

Que o sabor da minha boca dure para sempre
na tua memória, para que nunca te esqueças
que um dia o nosso beijo aconteceu.
Se por algum motivo me quiseres esquecer,
que o esquecimento se esconda de ti
e te ofereça a lembrança
do sabor
de um beijo meu.

fevereiro 06, 2007

Diz que é mentira


Então diz que é mentira...
Se não sou teu primeiro pensamento quando acordas.
Se não permaneço em tudo que você faz durante o dia.
Que não sou tua ultima lembrança antes que chegue teu sono.
E que quando finalmente dormes não sou teu sonho.
E que quando tocas outra mulher não é meu corpo que imaginas.
Que quando você sai do banho não é meu cheiro que te invade.
Que quando deitas na cama não é minha cintura que buscas abraçar.
Que quando andas pelas ruas não imaginas andarmos de mãos dadas.
E que não sentes solidão enorme em ver que em teu carro tem um banco vazio.
E que quando vês um filme acha demasiadamente chato não me ouvir falar todo tempo.
Que não sentes falta de me ter para acordar quando chegas tarde da noite.
Que não sentes vontade de cantar nossa música e me ver sorrindo de olhos fechados.
Que não sentes falta de minhas roupas atiradas no banheiro.
E que vez em quando não colocas uma toalha limpa no box como se eu viesse para o banho.
Que não esperas pelo dia que eu te ligue só para dizer um oi.
Que não sentas no metrô em banco de dois lugares
Que não te entristece a falta que faz eu andar de calcinha pelo quarto cantando.
Que não sentes falta do meu sexo ao meio tarde.
Que não olhas pra cama esperando me ver para deitar.
E que não abres os olhos de madrugada esperando encontrar os meus olhos a te olhar.

Navegantes, 06 de fevereiro de 2007

10:58

fevereiro 05, 2007

As três versões


Abriu a porta e sorriu ao me ver dormir na cama
Tirou a roupa, me puxou pela cintura como quem clama
Juntou meu corpo quente com o seu em chama
Tocou minhas pernas como se fossem de dama
Bebeu do meu cálice que de prazer derrama
É que sabes da paixão que em mim inflama
Depois me olha nos olhos como quem ama.

Eu dormia quando você chegou
Se despiu, e pela cintura meu corpo ao teu juntou
Da paixão que em nós ardia o quarto esquentou
Como se lesse meu pensamentos me tocou
Rasgando a noite o desejo em mim gritou
Me prendeu em suas pernas e me inundou
Depois me olhou nos olhos como quem amou.

Eu dormia na cama branca do apartamento
Tirando a roupa, levou meu corpo quente ao seu fervendo
Tocou- me com leveza e em suas mãos fui me perdendo
Tomou da essência que em mim o prazer ia vertendo
Gritei na noite porque contigo me sentia vivendo
Me segurou presa em ti até que o dia ia nascendo
Depois me olhou nos olhos mas não sabia o sentimento.

05 de fevereiro de 2007.
15:50


Poesia sobre nossa sexta-feira.

Meu Principe



Meus olhos se encantaram por ti.
Meu corpo se completou com o teu.
Minha alma fez poesia com a tua.
Minha mão se sentiu segura nas tuas mãos.
Teu sorriso ganhou o meu.
Teu abraço, por toda, me estremeceu.
Tens a alma nobre que beleza emana.
Tens o beijo que minha boca clama.
E o meu ser que no teu toque se abriu em flor,
Sentiu que não viveria mais sem o teu calor.
Sobre os campos que se estendem nesse mundo
Te peço que me acompanhe...
Seremos dois numa mesma estrada.
E ainda que nem pose, nem beleza eu tenha para princesa,
Para ti meu príncipe, serei tua segura fortaleza.
E a cada dia que amanhecer, será repleto
Por eu ter sido tua.
Deixa teu reino, deixa esses muros de teu castelo
e vem comigo no caminho que faremos.
Dançaremos sobre a luz de um luar.
Dormirás me abraçando contra ti.
E te acordarei com meus lábios nas manhãs.
Príncipe, eis-me como tua serva.
Leva-me para ti e ama-me como o primeiro dia.
Guardarei tua essência junto com a minha.
E farei que vivas todo dia em alegria.
E tua dor será minha dor.
E meu amor teu amor.
Meu corpo será teu corpo.
E tua vida será minha vida.
( ... a tua vida será “ a razão” da minha vida.)
Beberemos da seiva que emana do suor.
E comeremos dos frutos que plantaremos.
Seja meu príncipe, onde quer que for.
Seja meu príncipe, seja meu amor.
Me guia, me toma, me leva.
Cavalgaremos dias sem fim.
És toda poesia que habita mim.

05 fevereiro de 2007 / 11:17h

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