fevereiro 07, 2007

Que o sabor da minha boca dure para sempre
na tua memória, para que nunca te esqueças
que um dia o nosso beijo aconteceu.
Se por algum motivo me quiseres esquecer,
que o esquecimento se esconda de ti
e te ofereça a lembrança
do sabor
de um beijo meu.

fevereiro 06, 2007

Diz que é mentira


Então diz que é mentira...
Se não sou teu primeiro pensamento quando acordas.
Se não permaneço em tudo que você faz durante o dia.
Que não sou tua ultima lembrança antes que chegue teu sono.
E que quando finalmente dormes não sou teu sonho.
E que quando tocas outra mulher não é meu corpo que imaginas.
Que quando você sai do banho não é meu cheiro que te invade.
Que quando deitas na cama não é minha cintura que buscas abraçar.
Que quando andas pelas ruas não imaginas andarmos de mãos dadas.
E que não sentes solidão enorme em ver que em teu carro tem um banco vazio.
E que quando vês um filme acha demasiadamente chato não me ouvir falar todo tempo.
Que não sentes falta de me ter para acordar quando chegas tarde da noite.
Que não sentes vontade de cantar nossa música e me ver sorrindo de olhos fechados.
Que não sentes falta de minhas roupas atiradas no banheiro.
E que vez em quando não colocas uma toalha limpa no box como se eu viesse para o banho.
Que não esperas pelo dia que eu te ligue só para dizer um oi.
Que não sentas no metrô em banco de dois lugares
Que não te entristece a falta que faz eu andar de calcinha pelo quarto cantando.
Que não sentes falta do meu sexo ao meio tarde.
Que não olhas pra cama esperando me ver para deitar.
E que não abres os olhos de madrugada esperando encontrar os meus olhos a te olhar.

Navegantes, 06 de fevereiro de 2007

10:58

fevereiro 05, 2007

As três versões


Abriu a porta e sorriu ao me ver dormir na cama
Tirou a roupa, me puxou pela cintura como quem clama
Juntou meu corpo quente com o seu em chama
Tocou minhas pernas como se fossem de dama
Bebeu do meu cálice que de prazer derrama
É que sabes da paixão que em mim inflama
Depois me olha nos olhos como quem ama.

Eu dormia quando você chegou
Se despiu, e pela cintura meu corpo ao teu juntou
Da paixão que em nós ardia o quarto esquentou
Como se lesse meu pensamentos me tocou
Rasgando a noite o desejo em mim gritou
Me prendeu em suas pernas e me inundou
Depois me olhou nos olhos como quem amou.

Eu dormia na cama branca do apartamento
Tirando a roupa, levou meu corpo quente ao seu fervendo
Tocou- me com leveza e em suas mãos fui me perdendo
Tomou da essência que em mim o prazer ia vertendo
Gritei na noite porque contigo me sentia vivendo
Me segurou presa em ti até que o dia ia nascendo
Depois me olhou nos olhos mas não sabia o sentimento.

05 de fevereiro de 2007.
15:50


Poesia sobre nossa sexta-feira.

Meu Principe



Meus olhos se encantaram por ti.
Meu corpo se completou com o teu.
Minha alma fez poesia com a tua.
Minha mão se sentiu segura nas tuas mãos.
Teu sorriso ganhou o meu.
Teu abraço, por toda, me estremeceu.
Tens a alma nobre que beleza emana.
Tens o beijo que minha boca clama.
E o meu ser que no teu toque se abriu em flor,
Sentiu que não viveria mais sem o teu calor.
Sobre os campos que se estendem nesse mundo
Te peço que me acompanhe...
Seremos dois numa mesma estrada.
E ainda que nem pose, nem beleza eu tenha para princesa,
Para ti meu príncipe, serei tua segura fortaleza.
E a cada dia que amanhecer, será repleto
Por eu ter sido tua.
Deixa teu reino, deixa esses muros de teu castelo
e vem comigo no caminho que faremos.
Dançaremos sobre a luz de um luar.
Dormirás me abraçando contra ti.
E te acordarei com meus lábios nas manhãs.
Príncipe, eis-me como tua serva.
Leva-me para ti e ama-me como o primeiro dia.
Guardarei tua essência junto com a minha.
E farei que vivas todo dia em alegria.
E tua dor será minha dor.
E meu amor teu amor.
Meu corpo será teu corpo.
E tua vida será minha vida.
( ... a tua vida será “ a razão” da minha vida.)
Beberemos da seiva que emana do suor.
E comeremos dos frutos que plantaremos.
Seja meu príncipe, onde quer que for.
Seja meu príncipe, seja meu amor.
Me guia, me toma, me leva.
Cavalgaremos dias sem fim.
És toda poesia que habita mim.

05 fevereiro de 2007 / 11:17h

Tua Natureza

Agora me chamo Natureza.
Onde pisarás em minha terra.
Onde dançaras em minha chuva.
Onde sentirás a essência de minhas flores.
E brincarás entre os galhos de minhas árvores.
Nadarás em meu lagos,
E comerás do alimento de meus rios.
Para cada fera que existe mim,
Tu as guiará somente com teu olhar
E elas te obedecerão segundo tua fala.
E minhas cachoeiras serão quentes para ti,
E água não te pesará quando escorrer em teu ombros.
As borboletas irão te guiar quando estiveres perdido.
E nas noites de minhas selvas,
Os pássaros cantarão para que chegue teu sono.
E a minha lua iluminará na escuridão que tiveres.
Acordarás com os finos raios do meu sol,
Que nunca te cegarão, mas te darão a luz necessária para teu dias.
Caminhe em meus campos serenos,
E te mandarei o vento para que me sintas em plenitude.
Ao fim da tarde, derramarei a garoa para que se molhe em mim.,
E para que sintas o cheiro da água que dá vida nova a terra.
Eu me chamo Natureza.
Sou a tua Natureza.
E mesmo que nada possa contra mim,
Pra sempre te pertencerei.

05 de fevereiro de 2007.
11:32

janeiro 29, 2007

A manhã de meu dia.

São as primeiras horas
Da semana que inicia
Vinte e nove do primeiro mês.
E meu primeiro pensamento
... é teu.
Acordo sem ser dona de mim.
E tudo te pertence:
O gosto na minha boca;
O cheiro na minha pele;
As palavras que eu solto;
A chuva que agora cai;
Meus olhos que buscam teus olhos;

Desde o primeiro dia
Nada mais me pertenceu.
Não fui dona de mais nada.
De tudo que te entreguei
Me reinventas-te.
Me inundas-te.
Me invadis-te.
E nunca fui tão completa.
Tão repleta.
Tão minha.
...Tão tua.

janeiro 01, 2007


Olhe nos meus olhos e diga o que você, vê quando eles vêem que você me vê? Olho nos seus olhos e o que eu posso ler? Que eles ficam melhores quando eles me leêm.Eu leio as suas cartas eu vejo a letra, meu Deus que homem forte que me contempla.Sou sua mas não posso ser.Sou seu mas ninguém pode saber.Amor eu te proíbo de não me querer. Olho nos seus olhos e sinto que você faz eles brilharem como o astro-rei.Olhe nos meus olhos e o que você vai ver?Seu rosto iluminado a Lua de um além.Eu leio as suas asas, borboletas, meu Deus que linda imagem me atormenta.Sou seu mas eu não posso ser.Sou sua mas ninguém pode saber.Amor eu te proíbo de não não me querer.De não me querer.De não me querer

dezembro 23, 2006

"Só aquele que não tem a menor noção do eterno após o tempo, nem do abismo do infinito que o cerca, sempre tem respostas definitivas sobre o que nada sabe"

(Elanklever)

dezembro 19, 2006



Qual é o segredo do amor?Como fazer um relacionamento resistir ao tempo, resistir a rotina, ao ego de cada um?Se apaixonando não pela figura que se apresenta, não pelo sonho que você idealizou, mas pela pessoa que de alguma maneira te conquistou.Quem se apaixona pelo cheiro da pessoa amada, pelo riso solto ou pela franqueza, pelo jeito tímido ou debochado de ser, aprende a amar a essência e separa: o que é real do que é sonho...Só ama de verdade quem "admira" os detalhes da pessoa amada, e são os detalhes que fazem toda a diferença.Muita gente procura amores de cinema, onde tudo faça a diferença, a pele, o sorriso, a altura, os cabelos, a simpatia, a inteligência, o bolso, a profissão, são tantas exigências, tantas requisições, e o amor pede tão pouco: no início admiração, depois do conhecimento inicial: atenção, depois de algum tempo juntos: dedicação, e junto com o respeito, que deve existir sempre, o amor para resistir ao tempo precisa de detalhes, as vezes tão pequenos, que acabam gerando um elo, uma aliança que torna o casal único, isso se chama cumplicidade, e é o que faz a diferença.Cumplíces são mais do que amigos, mais do que irmãos, são almas afins que se reconhecem mesmo de longe, onde o olhar fala mais do que mil palavras, detalhes que fazem de um relacionamento, o verdadeiro amor, o que dura além do tempo, e transformam duas pessoas em "almas gêmeas".

dezembro 13, 2006





Quem me vê sempre parado, distante, garante que eu não sei sambar; tô me guardando pra quando o carnaval chegar. Eu tô só vendo, sabendo, sentindo, escutando e não posso falar; tô me guardando pra quando o carnaval chegar. Eu vejo as penas de louça da moça que passa e não posso pegar; tô me guardando pra quando o carnaval chegar. Há quanto tempo desejo seu beijo molhado de maracujá; tô me guardando pra quando o carnaval chegar. E que me ofende, humilhando, pisando, pensando que eu vou aturar; tô me guardando pra quando o carnaval chegar. E quem me vê apanhando da vida duvida que eu vá revidar, tô me guardando pra quando o carnaval chegar. Eu vejo a barra do dia surgindo, pedindo pra gente cantar; tô me guardando pra quando o carnaval chegar. Eu tenho tanta alegria, adiada, abafada, quem dera gritar; tô me guardando pra quando o carnaval chegar.

[ Chico Buarque ]

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