outubro 31, 2011

Milenar



Imagem: Amanda Cass




Os nomes são endereços, incompletos.
Sobrenomes são perplexos ancestrais
Que sem sinais, fizeram um caminho
Entre destinos, repletos azuis e corais.


No começo, alguém já viu algo brilhar
Até nomear a luz no negro, estrela.
Também quando vi teu nome, meu lar
Sabia encontrar o que era, tudo.
Tantas palavras para se criar,
indizível é o teu olhar, meu rumo.


Teu dentro em mim, rascunho.
Fora de mim, deserto.
Território desalinhado.
Anti – final exato.


Peito de vidro, estilhaço.
Múltiplas falas e abraços.
Gravo, muito antes do corte.
As constelações são infinitas, milenares.
O brilho é nosso, ainda.






Cáh Morandi & Priscila Rôde

8 comentários:

Priscila Rôde disse...

AMEI! =)

Josiana Leite disse...

ótimo texto adorei conhecer, boa semana

Anônimo disse...

Como não gostar e se identificar com o que vocês, que são duas, escrevem? Gosto cada vez mais.
Beijoca.

Angella Reis disse...

Belíssimos versos, todas as estrofes! =*

"Peito de vidro, estilhaço.
Múltiplas falas e abraços.
Gravo, muito antes do corte.
As constelações são infinitas, milenares.
O brilho é nosso, ainda".

O mesmo peito que aquece ás vezes machuca, corta o coração da gente. Mas fica guardado a um canto do coração todos os momentos maravilhosos vividos sob o céu estrelado. O brilho é nosso, ainda. Deixa ficar subtendido.

Seguindo! Ah te add lá no face tbém! bjs =*

"Alma Exposta" disse...

"Teu dentro em mim, rascunho.
Fora de mim, deserto."


Ahhhh Poeta Linda...Ti Amamos..!!

♥ Luciana de Mira ♥ disse...

Que saudade que eu estava de passar por aqui!

Karola disse...

passando pra deixar um beijo
desejar Luz
e dizer que foi bom passar o ano entre lindas palavras...

Bruna Rocha disse...

Gostei muitoo, mas tenho um pouco de dificuldade em lidar com poemas sem estruturação linear.. quero dizer, ou é linear ou não.. entende? Mas mesmo assim, verso a verso, esse escrito tem muita qualidade.

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